domingo, 13 de dezembro de 2009

Um prelúdio para a liberdade... (Filemon)



A escravidão em minha opinião foi a maior e mais humilhante degradação desumana que a raça humana já enfrentou...
Espinha dorsal da economia do império romano – esta carta do Apostolo Paulo ao irmão na fé Filemon demonstrava claramente sua a opinião acerca da escravidão de seus semelhantes [aqui de um doméstico da fé] - “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. (Gl. 3.28)...,
Filemon era um cristão de Colossos, e em sua casa se reunia uma Igreja-assembleia doméstica. Um escravo doméstico chamado Onésimo – nome que significa “útil” – Provavelmente havia fugido da casa do patrão e foi encontrar Paulo na cadeia – que aí o “gerou” segundo o Evangelho.
A ironia de Paulo é contagiante –“O qual noutro tempo te foi inútil, mas agora a ti e a mim muito útil; eu to tornei a enviar.”(Filemon.1.11).
Paulo se refere à fuga do “escravo” e agora o devolve “livre”...,
Ora, o surto de amor evangélico (literalmente) se apoderara de Filemon – Disse Paulo: “Tive grande gozo e consolação do teu amor, porque por ti, ó irmão, as entranhas dos santos foram recreadas.” (Filemon.1.7).
Na perspectiva do Evangelho todos são iguais..., ainda que Paulo obtivesse ‘autoridade’ sobre Filemon, ele decidiu agir na liberdade que nos proporciona o Evangelho; “Por isso, ainda que tenha em Cristo grande confiança para te mandar o que te convém, Todavia peço-te antes por amor, sendo eu tal como sou, Paulo o velho, e também agora prisioneiro de Jesus Cristo.”(Filemon.1.8,9).
Paulo chega a confessar que desejou ficar com Onésimo (dantes IN-UTIL), mas agiu de conformidade a consciência de amor em Cristo, o qual nos deixou livres para escolhermos a liberdade do Evangelho da Graça de Deus...,
E a intercessão do apostolo junto à Filemon é que Onésimo seja não mais como um “inutil-escravo-util”, mas tratado como um irmão cujas ‘entranhas’(“eu o gerei na prisão do Evangelho”) representavam o próprio Apostolo Paulo. E que o significasse mais que uma pessoa qualquer, porém um ser semelhante (antropologicamente – irmão) e participe das mesmas bênçãos espirituais do corpo de Cristo!
E a petição final de Paulo se encerra desta forma: “Assim, pois, se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo.” (Filemon.1.17)... “Escrevi-te confiado na tua obediência, sabendo que ainda farás mais do que digo.” (Filemon.1.21).
Diferentemente de tudo o que estamos vivenciando hoje nesta era dos interesses capitalistas e religiosos – o puxão de orelha contido neste bilhete do “velho” Paulo de Tarso, nos revela a falsa modéstia apostólica da cristandade atual, que ao invés de interceder em pró da liberdade do irmão mais fraco..., menos afortunado..., do próximo e de seu semelhante..., antes o “escraviza” psicologicamente mais e mais...,É o que penso,e não pedi a sua opinião...Posso? (Rsrsrssr!)Estes amam a elite capitalista do rei, e desprezam os servos do Agricultor...,
No versículo a seguir se resume a grandeza de se amar ao próximo como a si mesmo, Paulo “negocia” a liberdade de Onésimo, quitando a sua divida quanto escravo perante a Filemon...,Leiam; “E, se te fez algum dano, ou te deve alguma coisa, põe isso à minha conta.” E mais: “Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi; eu o pagarei, para te não dizer que ainda mesmo a ti próprio a mim te deves.”
Ora, e quem se mantém na consciência deste Evangelho faz da atitude carta-de- alforria Paulina..., um prelúdio para a liberdade de seu ser-semelhante em tudo: “Sim, irmão, eu me regozijarei de ti no Senhor; recreia as minhas entranhas no Senhor.” (Filemon.1.20).”
Portanto que seja esta a satisfação de quem aprecia o Evangelho na vida de seu próximo.Nele, Quem recreia a nossa alma com gozos sempiternos.
Alfredo Serafim

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