terça-feira, 31 de agosto de 2010

Um estigma é quebrado pela excelência da graça

Historicamente se sabe que a antiga cidade Fenícia de Tiro (hoje o Líbano) era palco do progresso e das articulações comerciais marítimas (mediterrâneo) de uma época marcada pela prosperidade que abarcava um vasto comércio fundando colônias na costa e ilhas vizinhas do Mar Egeu, na Grécia, na costa do norte de África, em Cartago, na Sicília e na Córsega, na Península Ibérica e mesmo para além dos pilares de Hércules em Gadeira (Cádis).
No livro do profeta Ezequiel (592 AC - 570 AC) encontra-se algumas profecias contra Tiro. Todavia, é no cap. 28 que nos deparamos com algo mais sombrio. Deus envia o Profeta Ezequiel para profetizar a ruína e devastação de Tiro e de seu “Principado” (príncipe, potestade local).
O profeta compara o estado do príncipe de Tiro com o mesmo desejo deste ser impessoal, tido como o diabo, a velha serpente e satanás – o adversário.
O mesmo arquétipo de Lúcifer se instala no príncipe de Tiro. Leia a segunda parte da profecia de Ez. 28 e veja a analogia arquetípica entre ambos.
“Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônica, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados. Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te tornaste, e nunca mais subsistirá.” (Ez. 28.12-19).
Ora, o príncipe de Tiro havia sido enfeitiçado pela sua própria arrogância e prepotência, e loucamente cruzou um caminho sem volta, o qual o resultou em total destruição e juízo divino sobre si e sobre toda a cidade, cuja península localizada no mar Egeu fora totalmente destruída pelos seus inimigos.
Daí o estigma criado até os dias de Jesus em relação às pessoas que pertenciam ás regiões de Tiro e Sidon.
Leia comigo:
“E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom.
E eis que uma mulher Cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.
Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós.
E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor socorre-me!
Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos.
E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.
Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Oh mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde àquela hora a sua filha ficou sã.”
Chamo á sua atenção para duas figuras nestes dois textos apresentados por mim acima (Ez.28 e Mt.15.21-28).
A primeira figura é a do príncipe de Tiro, cujo coração se tornou diabo, de tão malévolo que se tornou – de modo que a sua obsessão pelo poder e pela glória do mundo; pela auto-adoração narcisista e o seu egotismo fetichista, posto que o seu verdadeiro eu, o transformara num ser caído e soberbamente destituído da graça e da misericórdia de Deus.
Ele se tornara um adversário para Deus, desejando ser adorado como o Altíssimo (subirei no céu dos céus e me assentarei no seu trono).
A segunda figura é representada por uma mulher gentia, nascida na Fenícia (região de Tiro e Sidon). E que carregava uma ‘marca satanizada’ de uma cultura inexorável de uma época onde a boa fama, de ser um judeu e filho da casa de Israel poderia ter acesso livre ao mestre nazareno e suas promessas messiânicas. Embora esteja escrito nas Escrituras que ele tinha vindo para os seus e os seus não O receberam...
A mulher aflita pelo estado humilhante de sua filha fez com que a mesma insistisse em ser recebida por Jesus. É óbvio que nesta ocasião Jesus buscava repouso e anonimato com os seus discípulos, porém, a mulher rompe com o paradigma judaico (a salvação vem dos judeus e para os judeus) e se lança aos pés do bom mestre – “Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me!”. Imediatamente a voz do mestre invade o ambiente da perplexidade humana – “Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.” - ou seja, eu vim para os meus!
Parecia que o desejo de seus discípulos seria atendido por Jesus – “Despede-a, que vem gritando atrás de nós.” Disseram os seus discípulos sem compreensão alguma acerca de sua vontade.
Jesus reproduz um velho adágio entre os judeus: “Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos.”
O que ele diz a ela, senão?
Não é licito dar atenção aos que não sabem o que e a quem adoram e nem aceitam o meu testemunho que dou acerca de Deus – seria o mesmo que dar o que é santo aos cães e deitar pérolas aos porcos!
Certamente um adágio popular daquela época, que ambos conheciam o provérbio então dito energicamente por Jesus. De imediato, a mulher replica desesperadamente e com fé que provoca a Deus: “Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.” Isto é, os desprezíveis deste mundo louco e caído, e que não foram chancelados pela marca de Abraão, porém, serão chamados para se assentaram na mesa do Reino de Deus - ainda que nos sobejos que caem da mesa de seu senhor! Está Escrito : "Os últimos serão os primeiros"
Parece que esta mulher entendera o que os seus irmãos judeus não puderam entender – a mensagem do Reino é para todos os que crêem no Evangelho da Graça de Deus, pois, o Evangelho é poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer...
Creia! Deus vem em busca de todos...
Sejam loucos, endemoninhados, mancos, e aleijados de alma!
E para a surpresa de todos, mais uma vez o mestre é esmagado pela reação da fé humana diante do absurdo e do paradoxo[...]
De um lado, uma mulher desesperada e sendo esmagada por lhe faltar solução para a sua filha possessa por um demônio, e talvez, a mesma alheia a fé dos judeus e longe de discernir o que seria servir ao único e verdadeiro Deus.
Do outro lado a figura de Jesus representando o Deus da Graça e amor sendo esmagado pela fé e reconhecimento de uma mulher desprezível aos olhos da sociedade e incircuncisa aos olhos da religião.
O que este encontro nos ensina é que o Deus do universo não agüenta ver uma alma aflita de joelhos clamando por suas misericórdias – Ele atende ao aflito e ao contrito de coração.
Na resposta decisiva de Jesus a mulher – “Oh mulher, grande é a tua fé!”, percebemos o quanto a fé de uma pessoa pode transpor o infinito e se apropriar dos benefícios irrevogáveis do Cordeiro que foi morto antes da fundação do mundo!
Parece que naquele instante de fé e de graça sobre graça, a mulher Cananéia entendeu que o poder de Jesus poderia mudar qualquer situação nesta esfera linear e cósmica – algo, que jamais saberemos de fato o que, conquanto foi-lhe dado como PODER DE CRER NO POSSÍVEL DO IMPOSSÍVEL.
Sendo assim, Jesus a disse: “Seja isso feito para contigo como tu desejas.”- E o desejo dela era ver a sua filha livre do mal que lhe atormentava.
Ora, “E desde àquela hora a sua filha ficou sã.”

Nele, Aquele que dispensa o protocolo e despedaça os paradigmas,

Mano Serafim

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

De ver a dizer...

Se eu pudesse orar, agir e for assim...
Assim falaria e me justificaria diante do Eterno – Para me criar, e criar você, Deus tem que criar meio universo. O corpo e a mente de um homem formam um foco em que se concentra e se delineia até certo ponto. Então, desejaria que me transformasse num mancebo ignorante que aprende apreciando o sol e se alegra com os rios que irrigam este planeta...,
Sim, o sol nasce todas as manhãs e se vai logo, bem depressa para o lugar de onde veio – um mistério para mim.
Já os rios correm para o mar, contudo o mar não se enche; ao lugar aonde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
Então vi que o ponto de total relatividade em relação ao mundo seria eu mesmo debaixo deste sol de cada dia e não o rio que corre na direção do mar...
O que foi; isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol, o que muda em nós, é o olhar quanto a percepção do ser.
Muita coisa passou despercebida diante de mim, e jamais me darei ao luxo de experimentá-las, pois, tudo é vaidade, embora, de vaidade a vida seja feita (isso não me tortura jamais).
Talvez, o enfado e o maldito tédio resultem no universo subjetivo do nosso egotismo!
Procuraria instrução e sapiência nos antigos escritos dos Vedas?
Eles serviriam somente para preencher o sarcófago de meu inconsciente e aumentaria a minha ansiedade pelos oráculos e mistérios de Deus...
A sabedoria humana fracassou quando o homem decidiu ser semelhante a Deus - “sois deuses” – está Escrito, porém, o ser-homem não conseguiu entender que ser deus, requer trabalhar, agir e fazer as obras de Deus. Somos semelhantes a Deus no trabalho porque toda obra tem origem nEle e é Ele quem determina o que devemos fazer, e não destino...
Há dupla intenção no trabalho: continuar o processo da criação e enfrentar as conseqüências do pecado. A obra original de cuidar do jardim não foi revogada pela Queda, mas por certo ficou mais complicada com a presença de espinhos e pragas.
Ora, talvez seja um convite para não somente arar a terra, mas preservar a Terra!
Certa vez me perguntei: o que de fato é ser feliz? Seria trabalhar estudar e entreter para poder acumular dinheiro e posses – e daí ter acessos aos mais diversos gostos e prazeres?
Percebi também que era vaidade – assim como ao homem que trabalha para comer e se vestir sem usufruir do luxo e das riquezas!
Ser feliz seria descobrir todos os segredos do universo e ocultar o meu mundo de fantasias dando margem para as mais ambíguas interpretações do próprio existir?
Entretanto percebi que ser triste é decorrente de uma instabilidade do próprio Planeta em que vivo, e por quê?
Por mais que pensemos que possuímos a “imagem de Deus” como uma metáfora controladora, o entendimento de nosso lugar no universo se desfaz, substituído pelo mito da auto-suficiência. Cada vez menos pessoas perguntam: “Qual o plano de Deus na criação?”. Elas querem saber: “como posso usar a criação para atingir meus objetivos?”.
Os propósitos deixam de ser avaliados em comparação com os de Deus. Simplesmente parte-se da convicção de que o que é bom para os humanos é bom para tudo...
Não! O que vejo é a dádiva de Deus sobre a vida do homem, o fazendo trabalhar, para que de seu trabalho ele viva e goze a sua vida hoje e amanhã morra...
A experiência determinou que o que plantar o homem, isso ele colherá!
A percepção é que o homem seja a semente, e o solo é este chão da vida onde todos nós nos encontramos e buscamos discernir... Muitos com muitas áreas da vida resolvidas e outros irresolutos, mas todos juntos no mesmo terreno, amassando o mesmo barro, e buscando ser feliz com a vida!
Na verdade somos residentes de um lar e não objetos em um ambiente. “Mundo” é mais do que objeto de estudo e uso. Ele é permeado por espírito – de Deus e meu. Somos parte do que conhecemos.
Fazemos parte do mundo, porém do mundo não somos, antes dele fomos escolhidos!
Desejaria ver o que e somente o meu espírito pode ver, pois, o terreno está fértil e a germinação de cada semente na terra exige um manuseio cuidadoso por parte do Agricultor – e nisso eu percebo sensivelmente “O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou”. Não por culpa do tempo, mas por causa de um coração que se refugiou na escuridão, como um eclipse lunar no interior de uma pobre alma aflita... Devemos ser objetivos?!
Quando Deus iniciou a Criação, ele parou, e num foco de criação e graça, ele formou parte do mundo: o homem interior que veio a ser carne!
Posto que Deus colocasse o universo no interior do homem e o fizeste ser um ser eterno.
Também vi debaixo do sol da in-justiça que no lugar do juízo havia impiedade, e no lugar de justiça iniqüidade – que partem como torrentes de ódio e de inveja do animal, homem.
Então julguei o que via... Aos homens Ele disse “sois deuses”, ou seja, vocês são juízes na Terra!
Olhei e vi que os animais são imitadores dos homens. Todavia, percebi que são os homens que se tornaram semelhantes aos animais!
Não busquei razão para o que vi e tentei compreender a motivação dos sábios-insensatos - a lógica se perdeu diante dos prantos dos inocentes e oprimidos pelos poderosos da terra.
Também percebi que os crentes não amavam a terra, nem suas fontes de vida e sustentabilidade de renovo... Eles vivem como quem viverá num “Céu”... E a preservação do planeta se guardará inutilmente para o “fogo do juízo”.
E as demais gerações?
Vi também que este pensamento global é vaidade e vaidade!
Outra vez me voltei e olhei o sol. Vi que ele não mais brilhava como antes, mas escurecia e esfriava ante as atrocidades de criaturas que não se encantavam mais com o seu fulgor incessante de cada dia, e nem contemplavam mais com o seu poente que trazia uma paisagem única a cada crepúsculo... Eles haviam se tornado robôs de suas ações e com todas as ciências humanas.
A contemplação do que é simples e belo no interior do homem se perdeu em meados de uma evolução rumo à pré-história na arte de amar.
Perdemos o desejo de viver como soldados de um ecossistema em expansão e paridor!
Voltamos constantemente o nosso olhar para o nosso EU - epicentro.
E o que vi foi à aflição do aflito...
A verdade seria encarar o que agora colhemos por nossos atos de insubmissão e rebeldia ás leis da natureza e de Deus – o nosso juiz-consciência alerta que seremos todos cobrados pelo que fizemos neste mundo; as suas criaturas e ao planeta em que vivemos.
Ora, se somos parte deste mundo e desta natureza seremos argüidos como um todo. Ainda que não consigamos descobrir e desbravar o mundo plenamente.
Conclui que tudo é vaidade nesta existência, não porque deveria ser assim, mas porque a tornamos deste jeito, pois, Deus criou o espírito do homem reto, mas ele procurou invenções para além da Graça e do amor do Criador.
Portanto a Deus tudo pertença nesta vida. E ao homem que é bom diante Dele, Ele traça um caminho de paz, alegria e contentamento. Ele o torna uma semente híbrida que semeará sabedoria, amor e paz na seara do bom existir. E nisso não há aflição de espirito. Mas, amor e segurança pra sempre.
Pense nisso!
E seja uma boa semente neste chão de baixo deste sol onde ainda brilha o Sol da Justiça de Deus!

Mano Serafim 26/08/10

sábado, 21 de agosto de 2010

O alto-Altar pela Graça...

Num dado momento de minha ignorância espiritual tentei decididamente olhar para cima e delinear a “escadaria” rumo ao Céu, mas os meus pés vacilavam neste chão da relatividade real... Projetei um olhar no horizonte da Criação e percebi que todo homem que se diz um ateu, ele também escolhe um deus.
Posto que as suas forças estejam nos seus atos e ele se vale somente de seu saber racionalizado...
E na maioria das vezes, um ateu é um crente traumatizado com o deus da religião!
Ora, a ordem de Jesus seria que pregássemos o Evangelho do Reino de Deus aos homens. Mas como?
O Evangelho transcende ás minhas expectativas caleidoscópicas!
Como posso traduzir algo que seja vertical e multidimensional à horizontalidade humana? – “Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo.3.12).
Também percebo que na maioria das vezes, o meu egotismo mancha a mensagem de Cristo e termino anunciando o meu eu-evangelho cheio de fragmentos e pigmentos limitados!
Mais parecido com um mago que busca a Deus, não por Deus, mas o busca e o vasculha pelo poder de Deus. E tendo o conhecimento do poder de Deus passar a “domesticá-lo”.
Daí surge a silhueta de um galileu desprezado pregando nos guetos e nas favelas de Zebulom e Naftali (Galileia dos gentios) – “ As regiões de Zebulom de Naftali viram uma grande luz”
Daí o sentido verdadeiro de falar de uma Justiça que transcenda a justiça dos homens!
Daí a idéia única e perfeita de haver um Único Salvador que mostre o Caminho para quem caminha em busca de um horizonte vertical - “Eu sou o caminho”.
E para um simples judeu(Natanael) fora revelado uma ESCADARIA para a dimensão celestial – Um portal para outro mundo invisível, porém, real. E indivisivelmente separado deste mundo criado!
Na Cruz de Cristo está o logotipo para a visualização de todos os que se arrependem e crêem no Evangelho nesta existência!
Na haste vertical da cruz do nazareno anuncia o amor a Deus acima de todas as coisas; de todos e de si próprio. Este se culmina no primeiro e maior mandamento de todos!
Na haste horizontal da cruz do nazareno anuncia uma comunicação visual no que se traduz para a nossa compreensão ; AME AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO, ou seja, faça tudo ao seu semelhante como você gostaria que fosse feito a seu favor!
Este é o único nó que prende os cristãos ao Evangelho - o Amor. E se este amor bilateral não for compreendido ou discernido pelo cristão, ele corre sérios riscos de estar negligenciando e assim quebrando a Lei do Amor de Deus!
Mas aqui eu insisto, e apesar de perplexo, estou a descobrir a linha vertical deste novo horizonte, porém, com os olhos bem abertos, vejo os anjos subindo e descendo sobre o Filho do homem... E o que sobe ao meu coração é a mesma realidade vista por Jacó – Israel sonhou com Deus e viu uma escada que lhe dava acesso ao Céu. Portanto a minha procura acaba aqui, Ele, Jesus Cristo é a Porta, a Escada, e o Caminho... Para o Céu da eternidade em Deus!
Pronto me achei, aliás, Deus me achou, pois, é Ele quem busca o homem, e não o homem que o escolhe como Deus de sua vida!
Eh aqui está o ponto de parada de Deus – Betel..., cuja Face eu estou - e cuja performance me revele o coração quebrantado!
É extraordinário e simultaneamente estonteante o que se entende sobre o que já era desde o começo. Num lampejo de glória me é revelado que é fato de que o Cordeiro foi morto antes da fundação do Mundo, pois, só então, e desta forma entende-se que a Graça seja o maior motivo da Criação de amor do Pai. Aliás, devo assim entender de que a REDENÇÃO VEM PRIMEIRO QUE A CRIAÇÃO; pois, só poderia haver criação se Deus já tivesse redimido por sua maravilhosa Graça atuante o que haveria de ser hoje Nele!
É por isso que eu creio que mesmo ANTES de ser dito:"haja luz" foi estabelecido "Haja Cruz"- é discernir de que ANTES da fundação do(s) MUNDO(S), Ele (Jesus), o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo havia sido IMOLADO antes dos tempos (cronos) que se chama historicamente: tempo, HOJE.
Se eu crer ao contrário, incorreria no mesmo erro do poeta Cazuza em profanar no íntimo sagrado: "Nós somos todos cobaias de Deus!"
E quanto ao meu discernimento de agora?
Meu coração então, resoluto, decidiu certamente em te amar, amar ao Deus de amor...
Quanto mais eu conheço ao senhor (que chamo de meu) - me envolvo mais e mais com o seu amor. Inevitavelmente me aproximo deste “Seu-Altar” – me propicio a servi-lo e adorá-lo na beleza da sua Santidade. E a minha alma sabe e responde: custe o que custar!
A minha vida-Ser é um Culto racional na peregrinação do próprio existir na vertente-verticalizada de sua verdadeira presença na terra – que como sacerdote, (n)um mistério me aproxima novamente deste altar virtual, toda-VIA, real na comunhão mística com Deus...E serve também de testemunho para os homens!
A tua Graça me faz erigir um novo altar ambulante e que se edifica para dentro e para a verticalidade espiritual do absoluto, pois, sacerdote santo, tu a mim , me tornou...
O teu rosto desejo visceralmente beijar e aos teus pés arrependido me ajoelhar!
Não compreendo o que me une a Ti, digo: o relativo ao Absoluto. Mostre-me tal relação se posso compreender...
Acredito na Tua promessa de que nenhum mal noturno me envolverá, e o inimigo não me tocará - como sacerdote, eu subo neste “ALTAR”, consagrando todo o meu ser...
Portanto, toda a minha alma-vida eu entrego neste “Seu-Altar”, sim, tudo o que poderia me exaltar, e o meu ser de Ti, se separar...
Logo eu que tenho conhecido o teu poder, e sei que a Tua Destra me poderá suster..., E a cada DEGRAU que subo deste alto-Altar quase posso te tocar!Peço então a Ti que venhas logo em me socorrer!
Penso que ninguém tenha a obrigação de NÃO O QUESTIONAR... Pois, Jó des-graça-da-mente questionou a Deus, e não pecou contra Deus(disse Deus acerca de Jó).
Mas o meu quebrantado coração fez um compromisso em te amar e viver da minha fé - tendo compreendido o Teu poder!
Pai! Agora subirei neste Altar; e nova-mente me sentirei (n)este altar!
E permita-me só mais uma coisa a declarar:
Necessito da tua Graça em meu Viver!

Mano A. Serafim

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

UM é o homem de Rm.7 e OUTRO é o homem de Rm.8

Perguntaram-no: “Você é um cristão?” – depois de alguns segundos em silêncio, ele respondeu: “Hoje eu não estou sendo”. Posto que houvesse muito tempo que ele não pregava  mais o Evangelho com a energia que Deus lhe dera; não mais se envolvia com o Reino como deveria; e não mais cria que poderia fazer algo de interessante em relação ao simples Evangelho de Jesus Cristo...
Ora, ele havia se esfriado na fé, na verdade não se sabe se o seu arrefecimento espiritual se deu por causa da multiplicação da iniqüidade ou porque o seu amor havia sido cristalizado...,
Não se sabe o que de fato existe nele hoje, se o que há se con-figura como a Era do amor gélido ou se o amor visceral do Espírito havia se extinguido dentro dele...,
Posso sugerir uma análise de dois homens em um só!
1- O homem de Rm.7 – é o crente que ainda não chegou ao capitulo 8 de Romanos.
Ele não morreu para a Lei, e pela Lei está amaldiçoado a viver feito um crente zumbi-ficado pela condenação do existir pecaminoso!
Ele ainda não entendeu que na morte de Cristo o seu corpo também deveria morrer juntamente. E na ressurreição de Cristo o seu corpo ressurgir dentre os mortos - os mortos que ainda continuam vivos para o mundo e suas concupiscências passionais.
O homem de Rm.7 vive a milícia legalista, ele não consegue se divorciar da força de morte da Lei, ele não descansa na Cruz que traz a benção para a sua vida. Ele não consegue ver na obra da Cruz o que foi feito por ele e o que já está feito para ele (consumado).
Ele está sempre em busca de “agradar” a Deus, imprime um esforço de ser santo, de ser fiel, de ser obediente às ordenanças de Deus, cuja motivação sua, seja o medo de quebrar a Lei que a sua mente transgride inconscientemente.
O medo de não ser perfeito em seus passos na direção de Deus é a grande paranóia existencial. Decerto que o conhecimento do pecado veio através da Lei, mas a força de morte da Lei é desfeita em nós (nosso corpo) pela ação contínua (dAquele que tornou-se maldito na cruz – o Próprio Deus), a qual produziu a Graça de Deus na morte e ressurreição de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.
O homem de Rm.7 tem na Le(i)tra um espelho que o revela suas entranhas feita em trevas e pecados. Daí o fato: “E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.” (sabe-se, portanto que a lei jamais poderia ser perfeita-mente cumprida ao pé da LE(i)TRA). Subentende-se então, que a Lei era um AIO (professor) para a Graça!
Todavia o religioso se esforça debalde para vivê-la paranoica-Mente!
Conquanto se discirna no coração: “E o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.”- Mas porque? Porque o entendimento que o homem-crente-legalista na situação existencial de Rm.7, embora a caminho de se tornar o OUTRO homem de Rm.8, tem é que: “Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço”- O cabra tenta racionalizar o mandamento espiritual com tal condição de sua natureza caída, cujo pecado que lhe é inerente.
Aí ele diz em profunda conexão com a sua alma: “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado.”
O que lhe falta é uma inclinação para o que espiritual o é. Posto que o seu discernir se planifica no que sensorialmente se percebe no seu intuir e no própio discernir ante ao absurdo que invade a sua alma.
Seria acreditar absolutamente no poder absoluto de Deus. Pois, Deu é.
Daí poder se chegar a tal discernimento espiritual e dizer para fora: “De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.”
Embora, o crente esteja "morto" para o pecado, o crente peca (paradoxo)!
A morte trouxe vida a Lei. A Lei mesmo sendo santa tornou-se morte para todos, “Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou.” Mas a consciência gerada em nós pelo Espírito Santo testifica em nosso espírito, e nos faz entender: “Acho então esta lei em mim, que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo.”
E daí?
O mal que a Lei nos trouxe fora extremamente BOM, pois, a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom!
Logo tornou-se-me o bem em mal ou o bem em morte? De modo nenhum; mas o pecado (natureza adâmica), para que se mostrasse pecado(se neste estado eu morresse), operou em mim a morte pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno. É para esta consciência que o Evangelho convida o homem-crente que permanece no cap. De Rm. 7 e ainda não se lançou para o cap.8. (RSRSRS).
Então alguém pergunta: “E o que importa tudo isso?”
O que vale é que o meu homem interior evolua e cresça em Cristo e o homem carnal e “carma-mente” preso pela lei do pecado se aniquile consciente-Mente!
Ora, o proceso continua em fé e na confiança da Graça de Deus que confirma o entendimento que Paulo possui de sua condição de morte em relação a Deus: “Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?”
Por outro lado, o homem-crente-carnal GLADIADOR de Rm.7 é impelido pelo Espírito Santo para vivenciar o homem espiritual de Rm.8. O qual o coloca num estado sem CONDENAÇÕES...,
Quando se chega ao capitulo oito de Romanos, se entende que é possível DAR GRAÇAS A DEUS POR JESUS CRISTO.
E por quê?
Porque nos é dado um entendimento de que o conhecimento do Evangelho é a Sua lei de amor para todo aquele que crer e vive enquanto houver amor - E ama amar enquanto se possa viver. E ainda se pode viver neste mundo infeliz, porque Ele ainda nos ama!
Podemos servir a Deus com este entendimento o qual nos proporciona a liberdade de ser em Deus - e a negação e repúdio deste entendimento nos acarretam um serviço carnal à lei do pecado de morte (maldição). É viver ou morrer para Deus!
2- O homem de Rm. 8 - é o homem espiritual que não se deixa vencer pela milícia profusa do espírito e da mente (alma). Ele se escancara para a ação do Espírito Santo em seu ser que está em Cristo Jesus; ele entende perfeitamente que foi adotado pelo Espírito da Adoção; e que agora verdadeiramente se entrega aos seus cuidados para sempre [este de fato descansa na paz Shalom de Deus]..
A sua inclinação agora são para as coisas do Espírito, Ele discerne existencialmente que está livre de qualquer condenação estando Nele, e conhece desde já que a lei do Espírito é de VIDA e não de morte!
O que antes o impelia para “carma-Mente” obedecer ao destino da Lei da morte enferma pelo pecado na carne, agora fora desfeita pela Encarnação do Filho de Deus – Deus enviou o seu Filho em forma humana para desfazer o CORPO CORRUPTÍVEL e de morte, sendo assim, condenou o pecado na carne fazendo de Jesus carne semelhante aos homens, porém, sem pecado.
Portanto o pecado foi condenado na carne de Cristo e exposto no madeiro – sendo assim a Lei foi sumaria-mente assassinada no Seu próprio corpo mortal!
Ele simplesmente matou a morte e deteve o poder de morte do Diabo!
É a história de quem se tornou voluntariamente Réu do réu...
É Deus tomando o lugar do homem e advogando a seu favor diante do tribunal divino!
Daí o fato de quem está vivendo na carne não poder agradar a Deus no espírito, ele pode até se "esforçar" em agradar a Deus, semelhante ao homem de Rm.7[ora a sua mente digladiava com o seu entendimento por causa do pecado que lhe era imposto], mas na essência falta-lhe a existência de estar agradando ao Pai. Não há meio termo no evangelho, o “cabra” é ou não o é. Ele vive segundo o Espírito e anda no Espírito ou ele simplesmente não está em Cristo - se de fato o Espírito habita nele..
E é verdade para quem anda segundo a lei do Espírito, este não vive na prática do pecado, antes o guarda e anda como Ele andou. Guarda no sentido de não praticá-lo como dantes vivia preso e dado ao inconsciente coletivo de morte fazendo-se inimigo de Deus e amigo do mundo!
O guarda, não para se tornar devedor e refém da carne, haja vista que se assim viver morrereis (o salário do pecado é a morte), mas não o pratica para que por intermédio do Espírito toda a obra do corpo seja mortificada, e sendo assim vivereis.
Ora, mesmo eu sabendo que peco e que pecado sou, não darei direito a minha carne para pecar contra a minha consciência regenerada pelo Espírito Santo. Eu seria um hipócrita se dissesse que seria fácil viver sem pecar, porém, não é impossível obedecer a Deus em tal condição adotiva em que me encontro.
Ainda que o gemido da criação seja agonizante, mas a soberania e a bondade de Deus nos fazem andar com esperança, mesmo trôpegos no andar pela vereda apertada; e falhos no amar ao próximo.
As mazelas de o próprio existir nos acenam para as dores de uma mulher em trabalho de parto, porém, o Espírito nos ajuda intercedendo em nossas fraquezas e nos alimenta na esperança de serem revelados os verdadeiros filhos de Deus nesta existência.
E nisto ressoa o chamado do Senhor para aquele que o via de maneira inteiramente subjetiva- e independe de o crente está em processo contínuo de transformação de mente e coração, porque "E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos"
E, "E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito."
"Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos."
"E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou." Sendo assim, o cabra crente se pacifica e se tranquiliza existencial-Mente em Jesus...! Este é o homem do cap. 8 de Romanos.
E finalizando : "Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou".
Ah, então a pergunta do interlocutor persiste: "Você é cristão?"
Enfim ele o responde: "Sou apenas um ca(b)ra que creu no Evangelho!".
Mano Serafim

domingo, 8 de agosto de 2010

Os Jó(s) desta existência...


 
---------- Forwarded message ----------




From: anonima@ig.com.br
Date: 2010/06/10
Subject: Os Jó(s) desta existência...
To: alfredoserafimanjo@ig.com.br


Mano, CÁ ENTRE NÓS, eu estive em SSA antes de ontem e vi, de longe Rosinha, fiquei um pouco abatida, apesar de crer na Soberania de Deus. É que, segundo a prima, ela está sentindo algumas dores e já ficou sem cabelo. Inclusive a auto-estima dela anda meio baixa. Vamos pedir a Deus para que ela não fique depressiva, isto só complicaria. Mas vamos aguardar...


Abraço,


Anônima
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RESPOSTA:


Quanto a Rosinha, a queda do cabelo deve ser um 'efeito-colateral' da quimioterapia (coquetel de remédios) ou da radioterapia, ambas combatem o câncer...
Ambas podem ser empregadas juntas para curar certos tipos de câncer.
A radioterapia usa radiação ionizante através de máquinas específicas, direcionadas diretamente sobre a região afetada com o intuito de destruir as células afetadas, apesar de afetar células normais, causando efeitos colaterais.
A quimioterapia não usa máquinas e sim apenas medicamentos que agem de forma intensa em células que nascem e se duplicam rapidamente. Assim como a radioterapia, os medicamentos usados no tratamento quimioterápico também afetam as células não cancerosas, causando também efeitos colaterais como queda de cabelo, anemia e sangramento.
Atualmente, com a evolução da medicina, muitos medicamentos conseguem minimizar bastante os efeitos colaterais da quimioterapia.
Mana, quem poderia se olhar no espelho e esteticamente se agradar de sua aparência neste estado?
Lembra da mulher de Jó?
Que ao vê-lo degenerando e sofrendo, ela surtou e disse: "Nega a seu Deus e se entrega a morte!".
Todavia, assim como você mesma disse com fé: "creio na soberania divina" - Jó também creu, mesmo não sabendo do que seria o seu destino nas mãos de Deus!
E Jó diante de total perplexidade e absurdo. Confiou nAquele que pode refazer músculos, tendões e ossos em quem já não possui mais, Ele pode ressuscitar os mortos...
E Jó creu que havia um REDENTOR VIVO em algum céu desta existência, pronto e disposto a salvá-lo...
Mana, eu creio em milagres nesta existência, creio nos milagres de Deus e no milagre da medicina!
A minha mãe é um milagre de Deus para a medicina... Ela não sabe nem pregar a Palavra, é tímida, é in-culta Teologicamente, mas possui a célula nuclear da fé curativa....explico:
Ela já vomitou uma 'verme' que estava alojada há anos no seu estômago, ela foi aos especialistas para saber o que tinha, e nenhum deles descobriu nada, chegaram até a dizer que ela estava hipocondríaca....
Certo dia ela estava molhando o jardim de lá de casa, e orando (pedindo a Deus que lhe mostrasse que mal era aquele que lhe incomodava há anos) e então ela vomita uma 'verme' (acho) e em seguida a colocou num vaso para mostrar ao médico. Ela tb já passou por diversas cirurgias, e atualmente foi submetida a uma cirurgia para retirar um câncer no estômago, e graças a Deus ela está curada, os médicos retiraram toda a região afetada, e nos exames não foi mais detectado nenhum tipo de câncer! Glórias a Deus!
Graças a Deus pela ciência da Fé e pelo milagre da medicina!
Porém, eu sei que nem todos serão alimentados - milhares morrerão de fome; eu sei que nem todos serão curados - milhares morrerão de pestilências... E vejo tudo isso como a Graça de Deus sobre a humanidade sem distinções e acepções!
A dês-graça pode ser um caminho em que Deus utilize para instalar no ser do 'desgraçado' a sua maravilhosa Graça, e, é a Sua presença que nos faz confiante que a cada dia o seu favor de existirmos e de nos fazer conhecê-Lo, já é o suficiente para discernirmos o Seu amor e bondade eterna.
E esta é a razão que nos põe na dependência da Graça de Deus, e em saber que o mal de cada dia é combatido pela bondade e misericórdia de cada dia, e onde a Graça chega primeiro!
E ainda assim,
Muitas perguntas não serão respondidas, nem pela ciência e nem pela fé!
Especialistas (oncologia) dizem que existem tipos de câncer que atingem pessoas jovens e a sua degeneração ocorre avassaladoramente mais depressa em relação às pessoas mais velhas... É infelizmente o caso de nossa irmã Rosangêla.
A vida nos surpreende a cada instante debaixo deste sol da relatividade, entretanto, a sabedoria ensina quanto à solicitude pela vida abundante: "vá e viva a sua vida como ela tem que ser vivida, vivida como a vida se apresenta para cada um de nós"...
Significa em amar a Deus, a si próprio, ao próximo mesmo não sendo tão próximo de nós, e cultivar o simples viver!
Aquele que vive na esperança de uma nova pátria onde há justiça, verdade e eternidade, as outras coisas se tornam secundárias.
Ora, eu bem sei que não é nada fácil, porém, esta é a consciência que deveríamos possuir em Deus e do Evangelho!
Quando se entende e se aceita crendo no coração que a maior dádiva de Deus é a vida eterna e que se recebe ainda nesta vida probatória, o individuo 'sofre' menos deste tédio existencial que se tornou a vida para a maioria das pessoas...
Sim! Jó, eu, você e a nossa flor rosa-Rosinha estamos imbuídos e dentro deste Plano de Salvação do Eterno - mesmo sujeitos as calamidades e as doenças desta vida , todavia, sabemos e confiamos na vitória em/de nosso Vivo Redentor e Deus!
Existem muitos outros Jó(s) por aí...
Ela, a flor-Rosinha rosa, que é um desses Jó(s) desta existência - precisa de nossas orações e amor!
Nele, quem diz que é, por que o é,
Mano        10/06

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O Verbo-tem-voz e o espírito-tem-alma...

No principio era o Verbo, e o Verbo é... É porque Deus não era ou nunca deixou de Ser, Ele é Eternamente quem é...
E a palavra de Deus é também verbo de Deus em ação na imanência da Criação – “haja luz”, esta foi-é a sua voz no silêncio cósmico da Criação.
O Verbo estava com/em Deus, e o próprio Verbo era-é Deus.
Deus como o Verbo de si mesmo, fala de si mesmo, e para si mesmo se converge como a Escritura da Voz-espírito- Palavra que é...
Deus não possui começo e fim, embora tenha se pronunciado na História, como Quem é - “Eu sou o alfa e o ômega”, porém, no inicio a Palavra era o mesmo Verbo e Deus faz uso da Palavra para revelar-se na Voz que é - logos.
Deus é o Verbo, logo - o Logos é a Palavra de Deus, e Deus por sua vez, se expressa pela sua Palavra- Logos-razão a mente humana, como o Verbo que se fez carne - Jesus [espírito vivificado que possui alma]...,
Daí crer-se no Logos-fé, cujo silêncio divino é subitamente preenchido com voz, e voz com significado – a Voz que passeava pelo jardim do Éden e comunicavagava com Adão; a Voz que guiou a Abr(a)ão no deserto – A Voz que se fez presente num homem que pôs o mundo inteiro de cabeças para baixo, sim, na pessoa de Jesus Cristo de Nazaré, pois, disse Paulo – Toda a plenitude da DIVINDADE HABITOU corpo-oral-mente nEle. É Nele e através dEle que o Deus-Logos-Pai tem nos falado ultima-mente...,
-- Só o pensar em Jesus já é como se Deus falasse, formando idéias sobre si mesmo em minha mente, respondendo a muitas questões e preenchendo grande parte de meu anseio.
Então, me vejo na razão que me re-faz a lógica do Logos de possuir algo mais além do que uma cápsula mortal e limitada, cuja via seja a linearidade.
Ora, Jesus havia dito nos evangelhos, que as suas palavras eram espírito e vida, para mim significa a-temporalidade!
Portanto, quando pronuncio ou escuto o nome de Jesus, penso em Deus como mistério e também revelação, e como prova disso – Ao clamar por Ele, especialmente nas lutas, passamos a conhecê-lo como um Deus de segredo e revelações, mas bem de perto e sussurrante...,
Quando pronuncio o nome de Jesus, ou quando o ouço, imagino Deus revelando a si mesmo, e me convidando a conhecê-lo. Este nome não sugere apenas revelação, como também mistério, pois, ao pensar em Jesus, a voz de Deus me diz que Ele necessariamente espera ser entendido.
Todavia o Verbo se fez Carne e habitou no meio dos homens- é Deus em Cristo Jesus chegando mais próximo da humanidade como jamais poderia ser...,
E mais, cheio de Graça e de Verdade. Talvez a vontade de Deus seja revelar-se na Palavra que Verbo é – mas Ele sabe que podemos rejeitar ou mesmo ser incapazes de aceitar a verdade (paradoxo). Ainda que, Jesus insista em afirmar “Eu e o Pai somos um”, ou “Quem me vê ver também a meu Pai”.
Não posso ler os evangelhos sem sentir os limites da linguagem, da mente, da emoção e, certamente, da fé. Jesus expressou o que podemos chamar de frustração, quando os seus discípulos ficavam “difíceis para ouvir” e “lentos para entender”.
Eles não assimilavam a idéia, dEle sair de Deus como a Palavra que não retorna vazia e oca de sua existencialidade de propósito espiritual, e de seus conteúdos eternais quanto as suas energias vitais ao espírito humano.
E o que é impossível ao homem é possível a Deus. Deus corporifica a Sua mensagem sem verborragias e a encarna no Filho, ou o Filho incorpora a Mensagem como sendo o Espírito da própria profecia ao discernimento humano. O homem espiritual compreende as coisas de Deus, já o homem carnal não as entende. Visto que crer-se que a autoridade e sabedoria do Cristo sejam provenientes Dele mesmo ser Deus e possuir uma mente eterna já chega ser o suficiente para estar convencido de que Ele, Jesus, é a Palavra-Verbo-Logos Encarnado do Deus Eterno. Somente o Espírito para justificar e revelar ao espírito do homem tal mistério – que revelação é.
Conquanto, o homem natural não poderá entender que  agora escrevo, e só discernirá se amanhã, ele se abrir para o Evangelho [eu também sei que existem muitos crentes que não entendem o que aqui escrevo].
Jesus não era somente o Verbo Dito, mas Escrito, e tudo que aconteceu antes Dele, acenava profeticamente como haveria de se cumprir na História da Redenção – profetismo hebraico.
Eram as profecias sendo vaticinadas como se narra a História de maneira contrária[o profeta é um historiador que já anuncia os fatos hostóricos antes dos tempos], ou seja, a profecia se identifica hoje como a História, e a "História da Redenção da humanidade" foram anunciadas antes mesmo de se fazer história-História... Veja Jesus como o ponto de referência para a História...,
Quando Ele olha para trás e se vê metaforicamente (logos- escrito) nas páginas do Antigo Testamento, i.e., de tudo que foi escrito a seu respeito por Moisés; pelos antigos profetas; nos salmos... “o que está escrito a meu respeito terá que se cumprir", disse Jesus. Isto significa que muitas profecias históricas se cumpriram na Encarnação de Jesus (Verbo-Logos).
Ora, A palavra de Deus é espada flamejante para alma e para o espírito do homem, ela faz distinção das produções da alma e seus pensamentos e dos frutos do espírito.
A sua lâmina penetra profunda-mente o limiar que separam as juntas das medulas – o que concerne ao homem natural e ao homem espiritual.
E se há um limite entre espírito e alma humana, deve haver também uma compreensão de ambas as parte que formam o homem. O homem almatico (psique), e o homem espírito vivificante - Ele é convidado a andar segundo a volição do Espírito Santo em seu espírito recriado). ver: Rm.8 e Gl.5.
Na minha ignorância ante o absurdo me faculta o pensamento ao Logos-da-razão de Ceu e Inferno – já que possuo uma consciência e nem depois da minha morte física deixo de possuir uma consciência existencial desta vida e dimensão, pela qual serei julgado.
Por outro lado, o Logos-da-lógica me revela a perfeita igualdade do Logos-Filho com o Logos-Pai. Desta forma me põe/propicia ao paradoxo da minha natureza humana participar no Logos...
Penso que não há como separar a minha psique-alma do meu espírito-recriado!
Quem assim descobrir, que me fale!
Serei mui grato...
Até aqui a Sua Palavra em Graça entranhada em meu cerne já me basta!
Mano Serafim