sábado, 24 de dezembro de 2011

Um Natal sem peru...



Instados pelo sistema medíocre evangélico que visa se construir primeira-Mente seu pé de meia, muitos dos meus amigos deixaram a glória da Graça de Deus (execrando a santa vocação aos pobre$ de espírito - literalmente) e pularam para cama elástica da reviravolta de seus particulares rendimentos (se profissionalizaram ante ao mercado dos produtos religiosos industrializados que vende a imagem quanto seus produtos via- púlpito), semelhante à bolsa de valores que só faz crescer assustadoramente...,
A maioria deles em pouco tempo de ministério da Palavra de Deus, ou melhor,"meu ministério", adquiriram bens materiais  mesmo em tão pouco tempo: carros importados, casa de campo, casa de praia, apartamentos, apólice de seguro de vida, terrenos, viagens para o exterior e uma rechonchuda conta bancária para os malditos dias das vacas magras.
Mas tudo bem, nessa selva de pedras se constrói templos suntuosos e rede de igrejas, entretanto, Jesus afirma que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.
E eu aqui na pindaíba, tido como um idiota segundo o padrão estabelecido por eles, um fazedor de historinhas sacras, um asno falante justo porque resolvi em optar de não fazer barganhas própria e com tudo que esteja relacionado ao meu redor...
Creia, eu jamais vi no Evangelho de Jesus Cristo como um meio ou instrumento de se ganhar grana ou de se suster com o dinheiro melado de suor dos outros. Eu nunca acreditei que Deus se utilizaria/espoliaria uns para enriquecer outros.
Eu nunca vi na história do protestantismo um evangélico que fizesse voto de pobreza. Mas já conheci bastantes deles abastados, porém, existencialmente miseráveis... São Francisco de Assis seja louvado (risos).
Portanto,
Amanhã segundo o calendário gregoriano é véspera do natal. As famílias se encontram e se conectam para celebrar a vida. Presentes são distribuídos para todos os membros da família na ocasião. Um peru assado com rodelas de laranja, risoto, e frutas fresquinhas na mesa realça a velha tradição natalina dos antepassados... Conversas colocadas em dias, perspectivas, e metas são compartilhadas – as previsões sempre são feita em orações positivas.
Todavia, lá fora sem abrigo, sem teto e sem comida estão centenas de alminhas, são os nossos irmãos brasileiros que não tem uma flor de farinha na mesa há tempos ou até mesmo e com certeza sem perspectiva nenhuma pra vida... Eles que nunca-jamais souberam qual gosto que tem um peru de natal...
Gente feita do mesmo material que o nosso, gente constituída dos mesmos sentimentos que os meus... Aliás, gente que também é filho de Deus!
Pergunto indignado mesmo antes da sua resposta, qual crente me dirá que não?
Eu sei que logo esse meu sentimento solidário vai passar, sim depois de amanhã vai se dissipar no meu retorno a rotina corriqueira do dia a dia do individualismo familiar e social.
Embora ainda ouço a voz incomodativa do Nazareno a me dizer: A sua intenção vale muito, se resolver não comer o peru neste natal como sinal de protesto em favor dos meus filhinhos miseráveis inalcançáveis pela religião pró-mercantilista faz bem , porém, a objetividade de doar não somente o alimento e o cobertor, mas a atenção em amor, já seria o suficiente pra que assim Eu pudesse estar mais presente na vida sofrida deles – E como bem está Escrito: “Estive doente e não fostes me visitar; tive  fome  e não me deste o que comer; tive sede e não me deste o que beber...”
Daí se instalar no ser o espirito do Evangelho que vibra o Natal cristão do bom proceder ante a verdade em amor ao próximo continuamente.
Posto que o espirito natalino só encontra Vida em ações de Graças pela satisfação do repartir, solidar e comungar a mesma alegria e fé no Salvador que se fez pobre para alcançar os tidos miseráveis aos olhos de uma nefasta sociedade capitalista selvagem.
Eu aqui estou fora disso,  disso tudo que se manifesta como pseudo-evangelho das barganhas espiritualizadas e dos interesses de seus idealizadores..
Acredite,Deus não faz barganhas com nenhum filho de homem.
Feliz Natal.
Feira-Ba  
22 de Dezembro de 2011
Mano Serafim

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

É necessário ter o caos - informe aqui dentro para transcender a uma estrela.

                                         Por Mano Serafim
Ora, ser uma estrela-star não é coisa muito boa não...elas também morrem ou um dia morrerão como é assim com tudo o que é criação.
Para se fazer uma constelação é preciso a “morte” de uma estrela. Uma se apaga para que milhares nasçam e iluminem o mar cósmico em densa escuridão.
Sabe-se que do caos se é formado uma estrela ou qualquer massa cósmica no universo astronômico.
No livro de Jó relata que os anjos vibravam e festejavam por cada criação de Deus posta no universo. E o salmista lendo Jó vai cantar alegremente aos ouvidos de Galileu:
“Conta o número de estrelas, chama-as a todas pelos seus nomes” (Sl.147.4).
A Ursa maior nada mais é  que uma constelação vista da nossa posição terrena - “Quando vejo os teus céus, obra de teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste” (Sl.8.3).
Moisés “astronomicamente” nunca esqueceu: “E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas” (Gên.1.16).
Toda estrela que brilha um dia terá que deixar de brilhar, seja uma celebridade, um cantor pop, um ator, uma miss, um cientista, um empresário, um líder e assim vai infindamente...
Certamente que o seu tempo, estação e dia chegarão!
Todavia, o Evangelho nos convida pra um caos interior de um produto (massa contida em si mesmo) já formado que necessita de reformulação, e de dentro pra fora...,
Nicodemos foi ter com Jesus à surdina da noite e driblando os olhares alheios que porventura o denunciasse seguidor da seita do Nazareno.
Aliás, Nicodemos entendeu que de si mesmo tal explosão do gênesis espiritual jamais poderia suceder - “sabemos que tu veio de Deus”- entretanto a resposta divina foi: “Não se escandalize de eu te dizer que deve nascer de novo!”.
Um nascimento não da carne como filho do filho de seu pai, porém, um Big Beng que procede de Deus sem as lógicas de causa e efeito.
Jesus disse a Nicodemos que para se ver e entrar no reino Espiritual de Deus é necessário que do caos existencial do nada ser ou por estar na condição existencial informe aceitar a sua evolução no processo invisível pela graça ao passar a ter forma interior do homem espiritual e ser pela fé o que naturalmente jamais se poderia realizar no ser do individuo que imagem de Deus é.
Daí o assemelhamento que nós homens passamos a ter em Cristo... possuímos  o brilho das estrelas no céu.
Ser uma estrela em meio às trevas é brilhar num mundo onde os homens se entregaram as dissoluções e falácias filosóficas.
Contrapor a Graça de Deus em regeneração constante no cerne do ser humano é se levantar contra um universo de coisas que interagem e conspiram como favor a linearidade criada...
Você pode brilhar como uma estrela em qualquer constelação por ai afora e até mesmo gravitacionar por bastante tempo no cenário Pop, entretanto jamais se estabelecerá como luzeiro "ambulante" diante do trono de Luz na eternidade.
Posto isso, repreendo em nome de Jesus Cristo todos aqueles relés mortais cuja altivez e prepotência tenha agido sem fé e gratidão diante Daquele que tudo criou, redimiu e salvou – aliás, o ser-homem que age assim deliberadamente, este não tem parte com Ele, nem nesta vida como na vindoura, porém, ao maligno pertence.
Pense nisso com carinho!
Mano Serafim

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Meu trauma é ser ateu...



Não me recordo de ter escrito algo sobre o nascimento do Salvador. Não me esqueço que o Salvador nasceu sem os holofotes da mídia e se foi deste Planeta sem deixar pistas...
Não me fale da sua religião, mas, por favor, me lembre para eu não insistir em falar da minha...
Pouco me importa se o Salvador nasceu em outubro ou dezembro de uma era qualquer, e o que mais me importaria se a História não tivesse seu fim histórico e revolucionário?
A história universal em forma de utopia humanista foi tingida de  vermelho carmesim, sim, é isso mesmo, ela  denuncia um divisor de águas...cria-se então um paradoxo.
Portanto não conseguimos assim negar a crença num Deus, entretanto, negamo-nos as suas obras.
Diz o ateu, ou melhor, o crente traumatizado pela sua bronca com Deus:
Não sei quem me pôs no mundo, nem o que é o mundo, nem o que eu mesmo sou. Vivo numa terrível ignorância de todas as coisas. Ignoro o que seja o meu corpo, os meus sentidos, a minha alma e até essa parte de mim que pensa o que estou dizendo agora, que reflete sobre todas as coisas e sobre si mesma, e que não conhece nem a si, nem o resto. Vejo apavorantes espaços do Universo que me rodeiam, vejo-me preso a um cantinho dessa imensa extensão, sem saber por que fui colocado neste lugar e não em outro lugar qualquer, nem por que este curto tempo de vida (sei que estou morrendo a cada dia) que me foi dado vem inserir-se neste e não em outro movimento de toda a eternidade que me precedeu e me seguirá. Não vejo por toda parte, senão infinidades em que estou encerrado como átomo e como uma sombra que dura apenas um instante e não mais se repete. Ora, tudo o que sei é que devo morrer em breve, mas o que mais ignoro é essa própria morte que não posso evitar daí o medo ser perene e ameaçador.
Assim como não sei de onde venho, também não sei para onde vou. Só sei que, ao deixar este mundo, cairei para sempre, ou no nada, ou nas mãos de um Deus irritado, sem saber qual dessas condições será a minha por toda a eternidade, Eis aí o meu estado de perplexidade existencial, cheio de fraqueza e dúvida...(que algum ateu de plantão me prove o contrário do que está supracitado não seja de fato verdade existencial)
Não precisa necessária-Mente ser um cético pra duvidar de tudo que é verdade. A verdade só é relativizada quando você acredita que seja Verdade a sua verdade, ainda que seja sua verdade, uma mentira.
“A verdade encontra-se dentro de uma área pequena e segura, mas o erro é imenso”-, escrito isso, nenhuma verdade procede de uma mentira...
E nem porque seja algo verdade para você seja de fato o correto.
Talvez, alguém me considere um insensato, mas o convite está feito:
Vamos duvidar enquanto podemos de tudo que é certo...,
Vamos colher as flores que nascerem no asfalto...,
Vamos celebrar a vida num cemitério de ossos secos...,
Rever as coisas que ficaram inacabadas.
Vamos confirmar a esperança do que já se perdeu...,
Venham, vamos navegar num mar de projeções..,
Se o nosso deus for pequeno a gente aumenta e se não existir a gente inventa.
Por favor, não me venha se desculpando de que você sendo ateu não possua seu d ‘eus. Saiba que ATEÍSMO é religião!
“É errado quando acreditas em cada um, mas também é errado quando não acreditas em ninguém.” (Sêneca).
E mais, o homem é um ser pensante.
Daí seu grande mérito e sua dignidade, considerando-se a faculdade de pensar como um canal aberto para a existência do espírito imortal. Posto que o homem faria um ESFORÇO EXISTENCIAL COLOSSAL PARA NÃO SE PENSAR EM DEUS, DO CONTRÁRIO NEGARIA TODOS OS SEUS ANSEIOS EM RELAÇÃO A MORTE E A ETERNIDADE  quanto a sua vida no imediato. Ainda que você tenha uma vida toda para empregar as suas energias espirituais e psíquicas em total  NEGAÇÃO do Deus Criador, aliás, a negação a vida inteira consiste numa religião não-reli-gada ao Deus de todas as religiões ou se opõe de forma visceral  ao Totem (risos).
E mesmo este não conhecendo de onde saiu, e o seu propósito de gravitar neste chão das relatividades de todas as crenças, descrenças e verdades com suas ambiguidades..,.
Torna-se menos complicado para alma humana complexa rever a história de um maltrapilha Galileu que nasceu num estábulo em Belém da Judéia para reconciliar o universo do homem ao Deus do Universo e seus versos...
Este deixa de ser um ateu convicto quando se identifica com o Cristo de Deus, O verdade!
Consideraria você isso um absurdo?
Mas eu não, e acho tão simples assim como absoluto!
Mano Serafim