Se em parte eu posso ver o que seja perfeito, em parte penso no que me poderia ser perfeito.
Regressar ao ventre da sua mãe seria a lógica mais sensata na ideia de Nicodemos quando este conversava com Jesus acerca de ver e vir a ter o acesso ao reino de Deus.
Retornaria eu depois de adulto ao útero de minha querida mãe? Pela lógica natural das coisas, não.
Se bem que eu desejaria retornar para lá, pelo menos estaria livre do cativeiro e da “gaiola”...
O objeto de negação da Ciência é de não acreditar na metafísica. E foi com esse raciocínio natural das coisas que Nicodemos teve ao responder a Jesus em relação ao novo nascimento do espírito (leia-se: Jo.3).
Eu desde garoto ficava perplexo quando abria e lia a Bíblia em Gênesis nos caps. 1, 2 e 3 – chaves que me abriam portas para:
A criação do Cosmos e Universo, dos seres vivos ( animais e o homem), e que me deu uma ideia da Queda do Homem.
A criação do Cosmos e Universo, dos seres vivos ( animais e o homem), e que me deu uma ideia da Queda do Homem.
Por que se tornar um adulto safo, envelhecer e depois morrer se a vida e na vida não se pode obter o máximo de conhecimento que nos leve a liberdade de sermos alguém que livremente possa determinar o seu próprio destino sem nenhuma intervenção divina?
Por que celebrar a vida quando a própria morte-da-vida é a esperança imediata de vida dos homens mortos-vivos?
Por que abrigar o dever de aceitarmos o mal, pois, nenhum mal mais poderá ser-nos feito, visto que todo o mal já se fora feito?
Olhar para o mal que em nós mal sabemos como se fosse algo que em nós sempre existiu, e como causa primária que aniquilou todo o direito que tínhamos de livremente poder ser quem deveríamos ser na medida da entrega e de fé genuína ao absoluto, e que pelo mal tal desespero existencial nem imaginamos ser?
Porque se em parte mal conhecemos a nós mesmos e em parte nos aniquilamos do mau conhecimento empírico, significa também que num todo, o Todo-Poderoso poderá assim me ver pelo bem do conhecimento de eu ter em mim o bom poder da reflexão ante ao absurdo da vida e das suas categorias de mortes.
Seria excêntrico tentar vislumbrar-me na medida em que se caminha ignorante-mente sem a perspectiva de se chegar a lugar algum?
É certo de que a evolução evocaria uma des-evolução ao se re-tornar à meninice de outrora, ainda que voltada aos exteriores..., e total-Mente fora da barriga da mamãe.
Poder-se-ia retroagir ao tempo e involuntariamente de adulto sentir-se gente, um mancebo e por fim, um menino.
Daí, a malicia desapareceria juntamente com a doida arrogância de se julgar saber alguma coisa do que não se poderia ver e sentir eternamente – ver-me em meio ao dês-compromisso com as responsabilidades do existir...
Do vir a ser o "ser-menino" numa percepção que nos levaria a pureza das crianças e a compreensão de que deveríamos ser agora, realmente se toma corpo, espírito e nuances...
Obviamente, claro, sem as hipocrisias religiosas.
Vir a ser dos pequenos fragmentos aglutinados de um corpo ao Corpo-de-Cristo unido aos seus membros inseparável-mente em parte – posto que só assim nos possa permitir ver-se além de nós.
O vemos agora em parte e a outra parte certamente um dia e somente a nós nos será revelada como um TODO!
Seria essa a nossa tribo; onde falássemos a mesma língua e que amassemos uns aos outros sem distinção de nada e por nada..., Mesmo porquê é a nossa individualidade a quem Deus chamará, ou seja, eu e a você, separadamente!
Todavia, o caminho para a renascença e para o re-novo não seja esse, o do desamor; o do auto-engano; o da infidelidade com a verdade acerca de si e do Outro; o do retro-cesso químico e nem bio-lógico, - mas o do ser; o do coração, o do espírito quebrantado quando se ouve a VOZ de quem é perfeito em todas as suas partes..., dAquele que tudo ver plenamente e sem figuras ou empecilhos habita a totalidade imanente-Mente.
E assim, ali estou sozinho e cansado, velho porque todo o tempo se passou e todo o tempo que me foi dado como parte do tempo pelo qual me cabia se esgotou, e por entre os dedos de minhas escolhas para com a vida fugiu...,
Paradoxalmente temos todo o tempo do mundo, e temos o nosso próprio tempo no mundo...,
A verdade é que o tempo correu para trás, a fim de anunciar aos homens que vivem no Apocalipse o vislumbre do Paraíso reaberto dos Gênesis.
É a maneira em que a Palavra nos convida nestes últimos dias, a ser RE-lida, RE-vista e RE-seguida..., sim, do final para o início de tudo.
Ora, e de fato de onde começamos a viver, senão do fim de tudo? E isso porque o discernimento que nos veio foi em parte, assim como em parte o veremos.
Foi exatamente quando que obtivemos a consciência de que existimos?
Quem poderá responder esta pergunta sem se embaraçar com a verdade?
Haverá algo a se pensar quando tudo aquilo que para nós estava encoberto ser escandalosamente dês-selado?
Há algo que muitos não sabem e poucos creem ou mesmo descreem: “Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. (1 Coríntios 13:10)”.
Pergunto aos irmãos:
Estás fatigado de amar e não haver reciprocidade?
Estás fatigado de amar e não haver reciprocidade?
Des-ame e ame nova-mente.
Estás cansado de ser tratado como um otário?
Cresça no entendimento do Evangelho.
Está fraco por lhe faltar esperança?Abra mão daquilo que você ver sem de fato ser fé, e com fé se desprenda de tudo aquilo que te “prometeram” se lançando sem medo aos braços invisíveis dAquele que te ver com Fé, porém, sem barganhas a fazer!
Vai que você amoleça e o Espírito te molde a semelhança do que Deus desejou pra você...
Só assim se muda sem a necessidade de retornar ao milagre do nascimento num ventre, uma vez que ocupado por uma criança que sempre “desejou” ser grande, porém, jamais imaginou do que seria viver fora do ventre de sua madre.
Ora, e minha conversa inicial se referia ao começo dos começos... De lá do Começo de onde tudo se iniciou até chegarmos aqui num novo começo – Vida, amor, pecado e redenção!
Se Nicodemos entendesse a Moisés compreenderia a Voz de Deus, Cristo. Ele saberia que além de Deus criar o homem-menino-Adão já adulto, Ele também poderia o fazer do homem-ancião adulto, um menino na Graça de nada saber, mas de confiar no amor de seu eterno Papai; um homem espiritual no entendimento das verdades espirituais e um adulto na Fé que salva a si mesmo de todas as suas próprias mortes (moral, espiritual e física).
Assim se pode ver e também sentir o reino de Deus bem perto..., sim mesmo antes que nele se possa penetrar.
Vemos a Terra e o Céu em parte, posto que a outra parte a ser vista esteja dentro de Deus, lugar de onde saímos e retornaremos através de seu sopro.
Creia, você é um espírito!
M S
28 de Março de 2012
28 de Março de 2012