O amor na vida de Jesus denunciava-o em quaisquer circunstâncias, em
qualquer ambiente que estivesse a falar, em qualquer objetiva atitude,
em qualquer diálogo e em qualquer síntese da vida onde os homens
estivessem abertos para o seu amor ágape, não somente se poderia ver
Nele um estereótipo, mas uma realidade e uma verdade absolutíssimas.
Sim, o amor de Jesus era um amor que jamais fora visto e sentido por
alguém antes, mas que na sua pessoa carregava toda plenitude do amor
divino perfeito e sem máculas...,
Sim, Jesus era a própria volitiva
vontade de Deus na prática, pois, ele não só dizia que amava como vivia
do que falava e ensinava, pois, Ele era a Palavra de Deus Encarnada. Ele
só falava e ensinava do que o seu coração transbordava..., amor,
perdão, graça, fé e paz.
Nós amamos as pessoas, os seres vivos, a
nossa família e os nossos amigos de várias formas, e não existe uma
fórmula mágica para isso, apenas andamos e aprendemos a amar uns aos
outros de nossas maneiras muitas vezes vacilantes, falhas, mas amamos
sim, amamos da nossa forma/maneira e forças..., Porém, ainda assim os
amamos!
Quem foi que disse que, quem ama não peca?
Que quem ama não decepciona?
Que quem ama não trai?
Que quem ama não mente?
Que quem ama não magoa?
Existe algum homem bastante corajoso para afirmar que NÃO?
Na primeira carta de Paulo a Igreja que se reunia em Corinto, nota-se
uma grande diferença entre o amor Eros, phileo, e condicional humano do
perfeito amor ágape do Pai sendo derramado nos corações dos homens. Nos
fala de um amor que transcende as emoções, a sensualidade, os arroubos e
as paixões vivenciados numa relação de amor entre um homem e uma
mulher, entre irmãos, entre amigos, entre pais e filhos...,
O amor
Eros/condicional um dia passa, o amor materno se enfraquece muitas
vezes, o amor entre amigos assim como o amor entre casais se não forem
nutridos, são dissolvidos para sempre.
Todavia, o amor de Deus em
Jesus não nos trata com desprezo, não nos suspeita mal, não nos execra,
não nos rejeita, não nos promove a segregação para com os outros, não
aponta os nossos erros na cara e nem permite que apontemos os dos
outros, não destrói a alma humana, não engana, não furta-nos a
felicidade e a paz existencial, não trata-nos com violência, não lança
ninguém no inferno emocional e paranoico; não exige reciprocidade; não
dês-ama por não ser amado, não diminui com o tempo; não busca seus
próprios interesses, pelo contrário: ama a todos incondicionalmente,
porque é presente divino para todos os vivos e aos homens que foram
feitos a imagem e semelhança de Deus.
O amor sensual/eros é bom e
prazeroso e não há nada de mal nisso. E para quem disser que o amor
divino derramado em nossos corações pelo Espírito Santo baniu o amor
sensual como os demais, este mente ou se auto-engana...,
O amor transcendental pronunciado por Paulo é o que sustenta todos os outros...
E mais, o amor ágape como fruto da Graça de Deus em nossas vidas no conduz a liberdade de ser...,
De:
Ser um ser que, vai aprendendo aos poucos a gerir a sua própria vontade, desejos e impulsos(personalidade)...,
Ser um ser que, vai andando e adquirindo um equilíbrio emocional na
medida em que se anda amando nesse amor do Caminho(dosado de afetos e
paciência própria e para com os caminhantes como para os des-caminhantes
e errantes)...,
Ser um ser que, indissociavelmente vive na sua
atual cônscio-existência o perdão e o arrependimento prontos para
repartir com aqueles que precisar(assim como a fé e o testemunho são
inseparáveis na vida de um ser nascido de novo pelo Espírito da
verdade)...,
Ser um ser que, nas partilhas de sempre se fazer o/um
bem sem olhar a quem - do bem pelo bem- assim como na sua doce superação
em devolver [ao mal] todo o/um bem...,
Ser um ser que, maximize a
imagem de seu único mestre, Jesus Cristo – em palavras mais
compreendidas – o que o Senhor Jesus faria em cada atitude, episódio e
cena se estivesse em meu/nosso lugar?!
O amor de Deus nos constrange e muito..., pois, Deus nos amou bem antes de tudo, quando ainda éramos pecadores!
O amor de Deus ainda hoje nos constrange e muito, pois, mesmo ainda
sendo nós pecadores, Ele continua a nos amar infinitamente com
renovações de estoques, e mais, nos exige que também amemos os nossos
inimigos sem reservas, mas com todos os e privilégios de um amor
fraterno que lhe facultem orações...,
Sim, o apóstolo Paulo com a
sua percepção espiritual macro, define o amor divino na figura de Jesus
sendo O cabeça da Igreja (metáfora: corpo de Cristo).
Deus é...,
Amor!
Mas o amor não é Deus.
Jesus é Deus, mas não é o amor, mas amor!
Enfim, Deus e o amor, ou, o amor e/de Deus estava(m) em Jesus
reconciliando o mundo com Deus, e Deus a si se reconciliando com o
mundo.
M Serafim