quarta-feira, 29 de junho de 2011

Simplesmente Flor-mulher...

Por Mano Serafim

De antemão deixo a mercê da interpretação de quem leia este artigo que a minha opinião não agrada nem ao pólo machista e nem ao pólo feminista, e de lá ao movimento homossexualista..., Alguém já disse que, A mulher é o presente mais perfeito que Deus deu para o homem... E para que o homem atinja sua perfeição, precisará sempre da perfeição da mulher.
Todavia há quem afirme que a mulher seja perfeita porque do homem saiu e de sua carne e sangue foi criada, e com apenas um pouco de neurônios a menos (risos)...,
Ora, me parece que a perfeição não estejam nem na matéria-prima do barro e nem na essência do lodo, mas nas feituras engenhosas das mãos do Oleiro (Deus).
Se de Deus originou-se o “Perfeito” homem significa então, que divinamente o homem re-produziu a "Perfeita" mulher, aliás, homem e mulher Auto-explicam e explicitam espírito-mente-corporalidade a perfeição de o divino Ser...,
Os especialistas em comportamento humano, principalmente, no relacionamento conjugal, entre homem e mulher (heterossexual), ensinam que melhor seria se quando o casal brigasse não permitisse que o sol se pusesse sobre a vossa ira, ou seja, que fizessem as pazes depois de passado os momentos de ira, a falta de perdão numa relação [conjugal] quanto familiar é uma droga devastadora tanto emocionalmente como afetivamente...,
Da poesia se subtrai o necessário a vida em harmonia, leia-se assim: "Mesmo pôr entre as ruínas, a natureza faz nascer à flor. E, com ajuda do perdão, tudo pode ser reconstruído." E até mesmo um Éden particular , cujo jardineiro-Homem rege sempre a sua flor-Mulher na cultura orgânica do Amor (grifo meu).
No meu ver, fazer uma apologia da família como um verdadeiro Beste-Seller do Criador evoca a metáfora de Deus se fazer entendido no seio da família como num livro a ser sempre lido e compreendido em todos os momentos da vida em família – Pai, Filho e Espírito.
Quase sempre releio um provérbio rabínico que faz alusão a mulher de forma clássica e bíblica quanto sua gênesis e capacidade como verdadeira adjuntora hominal: “Cuida-te quando fazes uma Mulher chorar, pois Deus conta as suas lágrimas. A Mulher foi feita da costela do Homem, não dos pés para ser pisada, nem da cabeça para ser superior, mas sim do lado para ser igual, debaixo do braço para ser protegida e do lado do coração para ser amada".
Sendo assim, a mulher deve ser tratada com amor e proteção mais do que qualquer outro ser a imagem e semelhança de Deus. Entretanto nesta geração-sociedade hedonista e de morte, a mulher tem sido vista na maioria das vezes como um simples objeto para a manipulação doentia do homem..., Ao invés deste mal que atinge este século globalizado e que se arroga evoluído, a mulher em sua beleza e estrutura psicofísica deve, e tem que ser sempre tratada pelo homem como um vaso de barro e mais frágil, ou melhor como uma flor!
Certa feita o Filósofo alemão, Arthur Schopenhauer disse: “O único homem que não pode viver sem mulheres é o ginecologista.”. Eu discordo neste sentido veementemente do pensador, pois, eu não viveria sem ela(s)...a(s) flor(es)-mulher.

A mulher foi tirada de um homem assim como o varão nasce de uma mulher!
Logo um depende existencialmente do outro.
Eis um poema que escrevi para minha esposa:
AMO-TE
Beija-me você com seus beijos de sua boca, pois, melhor é o seu beijo do que o vinho feito de uvas  cabernet sauvignon..., Para cheirar são bons os teus aromas como perfume derramado é o teu nome: TICIANA..., Se tu não sabes, ó mais desejada e formosa entre as mulheres, és admiradas por todos, por causa da tua integridade. A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace. Vê já se passou o inverno; as chuvas cessaram, e se foram..., Apareceram às flores na terra do nosso jardim secreto, o seu tempo de CANTAR chegou, e voz das rolas ouvessem em nossa casa. A figueira já deu os seus figos, e a vide em flor exala o seu aroma sedutor. Porém, ainda mais vivo e  mais pulsante do que antes.
Levante-te, amada, e vem, pois, o teu dia de celebrar já raiou na Alvorada. Vem amada minha, e assenta-te em meu colo, pois, desejo-te mais do que a minha própria alma! Apressa-te em vir, já não posso mais conter o ardente fogo que queima a minha alma, pois, dormitarei eternamente debruçado sobre os teus seios suculentos de amor...,
Deixe-me sentir o frescor de seus lábios a mim beijar, beija-me minha pomba, meu harém, porque já não mais viverei sem o teu amante amor.

De seu único-homem-amor

Escrito em 2006...

A.  Serafim

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Jesus nos convida para que desçamos do pináculo do Templo enquanto há tempo (Mt.4.1-11).



                                  Por Mano Serafim
É impressionante a expectativa do ambiente das dimensões das regiões celestiais (espiritual) quanto ao mundo físico-químico humano ante os sinais de Jesus.
No evangelho de João no cap.3, narra a grande euforia de Nicodemos a espera de uma explicação miraculosamente detalhada de Jesus acerca dos milagres e dos sinais que fazia..., Todavia, ele só recebeu um não de Jesus – “Se te falei de coisas terrenas e não compreendestes como vos falarei de coisas celestiais?”. Decepcionado pela desconversação de Jesus?(Jo.3.11-12).
Diferentemente do que gostaríamos de ouvir, o Mestre tripudiou “ tu és mestre em Israel e não compreende estas coisa?” – Ou seja, os milagres e os sinais operados por Jesus jamais seriam uma maneira de se impor a sua vontade ao homem e tampouco uma maneira de se promover diante da massa judaica perturbada.
No evangelho de Lucas mais se revelam os milagres e sinais feito por Jesus do que a sua posição como o Salvador que cura a alma do homem, salvando-o de suas tormentas existenciais. Mas as percepções Lucanianas respondem todas as nossas perguntas, inclusive as de João batista, quanto a sua identidade Messiânica...,
Novamente no evangelho de João, o perfil que ele traça de Jesus é como o Filho unigênto de Deus-Pai. Aquele que de Deus saiu e para Deus retornou sendo DEUS! (Jo.3.13)
Já no evangelho de S.Mateus está explicitado e explicado porque o diabo e os homens possuem algo em comum...
Leia comigo:
“Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces em alguma pedra. Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o diabo o deixou; e, eis que chegaram os anjos, e o serviam.”
Atente para a frase do diabo: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães” ora, o diabo tinha dúvida da paternidade de Jesus? Ele não sabia como sabia desde o Éden que Deus é Deus perfeito e o milagre não representa e nem autentica a manifestação de Deus em qualquer quer seja a situação, posto que a fé tem a primazia em tudo ? Ele não tinha ciência que tudo aquilo que conspirassem contra o maior milagre que de Deus possa emanar, a salvação do homem, estaria em primeiro plano e para além do que ele mesmo poderia assim discernir? Disse Jesus: “Para trás de mim Satanás, pois, não conhece os planos de Deus..”!(episódio que Pedro induzido pelo diabo tenta convencer a Cristo desistir da cruz).
Aliás, o maior desejo do homem em conluio com o diabo foi-é de estereotipar o seu próprio narcisismo, de trazer a luz  de maneira a se coletivizar a sua subjetividade. Existe alguma criatura mais narcisista do que o próprio Lúcifer?  Leia os textos de: Ez.28 e Is.14 .
O primeiro convite feito pelo diabo a Jesus foi para a satisfação jactante de posse do poder (tudo aquilo que seduz o homem mundano caído – o primeiro Adão), coisa que Jesus (2º Adão) desprezou em seu ministério terreno – e quando realizou os sinais e prodígios, apenas se deram por uma única razão, a sua compaixão e misericórdia em relação sofrimento humano em detrimento da assolação que o pecado tem provocado na humanidade..., A isso chamamos de Graça!
Por isso a afirmação teológica de Paulo: “Onde abundou o pecado superabundou a Graça”!
Mas nada diferente disso, nada que o apontasse como o Rei do judeus milagroso ou um líder misto  politico-místico com o mesmo pedigree de Davi. E o diabo não recebeu o que queria, ou seja, assistir a um milagre para regar o seu próprio desejo doentio...,
O segundo convite feito pelo diabo a Jesus foi para um suicídio. Depois de o ter colocado no pináculo templo de Jerusalém (lugar mais alto do templo), o incitou a se lançar abaixo ignorando assim a lei da gravidade, posto que ali estava alguém que era maior do que Newton e Einstein. Porém, Jesus não lhe deu a chance de realizar um sinal em demanda de satisfazer os seus caprichos...E mais, Deus não pode ser tentado e não tenta a ninguém, logo milagres, Jesus jamais os faria se não for para glorificar o nome de Deus na Terra!
O terceiro convite feito pelo diabo a Jesus foi para se montar em nome de Deus um “ministério próspero” (construindo riquezas e fortalezas). Leia comigo novamente: e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares.”
Hoje o diabo não mais se cansa para fazer tais ofertas em nome de um evangelho diluído da sua essência espiritual, pois, os próprios homens-crentes o procura para negociar os esquemas, dá-se uma banana e o diabo exige um cacho. Pra quem pensa que vai entrar neste esquema com Lúcifer e sair em vantagem se engana. Justo que o diabo continua a ser o mesmo diabo que testou o conhecimento espiritual de Eva, o mesmo que tentou o conhecimento de Jesus de Nazaré acerca da verdade; o mesmo que sussurrou nos ouvidos de Pedro e que depois cirandou o trono de Deus pedindo autorização para provar a fé de Pedro (antes mesmo de Pedro ter se convertido de fato), sim, o alienador de almas, a velha serpente com cara de “Anjo de luz”.
Aquele que nos põe nas suas asas e nos oferece o pináculo do templo institucional para de lá, do interior deste recinto se construa as paredes e muros das nossas futuras lamentações...Ora, o seu convite sempre foi para dentro enquanto que Jesus nos chama para fora do templo - "Desça do templo se queres viver abundantemente em Mim"!!!
Olhar para o Cristo dos evangelhos de cima do pináculo com este pensamento patético e medíocre seria o mesmo que arquitetar politicamente um salvador infame perdido de Si mesmo, e sem a sua identidade transcendental messiânica e redentora !
Entretanto, para quem ignora tal verdade contida escrachada-mente nos evangelhos, este ser cava para si a sua própria sepultura, posto que o diabo saliva deliciosamente quando ver um líder carismático de nossa geração sobre o pináculo do Templo louco pra se jogar no afã de que Deus moverá céus e terra para corroborar com a sua doença de alma, seu narcisismo egocêntrico.
Se alguém lendo este artigo se lembrar de algum ministério “apostólico” vigente  em que seu líder ejacula autoritarismo religioso considere que seja uma “mera” JESUSincidência do autor  (rsrsrs).
Certamente que Jesus tenha posto uma escada ao lado da torre de seu templo, caso você hoje decida se arrepender e assim descer do templo de sua presunção espiritual..., deixe de ser tolo e dê ouvidos a Ele, repreenda o diabo e resistindo a ele, pois, ele fugirá de você, Jesus fez isso quando tentado no  deserto, e mostrado neste texto. O apóstolo Tiago aprendeu com Cristo, e você vai descer do pináculo surreal do templo ou vai ficar dando sopa pro diabo te empurrar de lá de cima?

Creia, o convite está de pé...,
Jesus te convida para você descer do pináculo do Templo enquanto há tempo, conquanto que seja HOJE!
Mano Serafim

domingo, 19 de junho de 2011

A SANTA IGREJA E OS EXPLORADORES DE CAVERNA

Dica de Daniel Lutosa
                      A SANTA IGREJA E OS EXPLORADORES DE CAVERNA
Instados a apresentar o posicionamento da Santa Igreja a respeito do homicídio seguido de canibalismo praticado pelos jovens exploradores de caverna, o Santo Padre e Santa Igreja pensam como segue:
O Homicídio
Desde os primórdios da vida humana, o homicídio é condenado. Na Bíblia, observa-se no primeiro caso relatado no livro de Gêneses, escrito por Moisés, que Caim matou Abel pelo rancor e pela inveja quando sua oferta foi rejeitada em oposição ao que acontecera com a de seu Irmão. O texto bíblico nos diz: “Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou. | Disse o SENHOR a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Ele respondeu: Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão | E disse Deus: Que fizeste? A voz do sangue de teu irmão clama da terra a mim. | És agora, pois, maldito por sobre a terra, cuja boca se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão. | Quando lavrares o solo, não te dará ele a sua força; serás fugitivo e errante pela terra. | Então, disse Caim ao SENHOR: É tamanho o meu castigo, que já não posso suportá-lo. | Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua presença hei de esconder-me; serei fugitivo e errante pela terra; quem comigo se encontrar me matará. | O SENHOR, porém, lhe disse: Assim, qualquer que matar a Caim será vingado sete vezes. E pôs o SENHOR um sinal em Caim para que o não ferisse de morte quem quer que o encontrasse.” Gêneses 4:8-15.
O fato foi considerado de tamanha relevância do ponto de vista Divino que foi ordenado que ele saísse peregrinando em terras desconhecidas, retirando-o do convívio de sua família.
O valor da vida foi ali demonstrado por Deus de tal maneira que este marcou Caim de forma que ninguém pudesse tirar sua vida. Uma mensagem muita clara estava sendo passada, nem mesmo a vida de um assassino estaria disponível.
A vida não é um bem disponível e nenhuma justificativa é boa o bastante para autorizar o oposto. Um bem dado por Deus, só por ele pode ser tirado. Isto está previsto em I Samuel 2:6 “O senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer a sepultura e torna a subir dela”.
Ninguém pode dispor da vida de ninguém. Isso é verdade absoluta dentro da Bíblia: quando Nosso Senhor Jesus Cristo diz para darmos a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mateus 22:20 e 21), tal atitude, automaticamente, desautoriza a ultrapassagem dos limites estabelecidos por ele para o homem.
Até mesmo quando foi admitido o “olho por olho e dente por dente” em Êxodo 21:24, a intenção era impedir que alguns, pensando ter o direito de matar alguém, dessem vazão ao seu instinto assassino.
Se a Santa Igreja não autoriza o Estado a tirar a vida de uma pessoa – por pior que ela possa ser considerada - tanto menos aceitará que um contrato, acordo ou qualquer que seja a razão apresentada, venha permitir que alguém tire a vida de seu semelhante.
Não matarás! O povo de Israel recebeu de Deus, escrito de próprio punho nas Tábuas da Lei entregues a Moisés, o mais fundamental de todos os mandamentos. Nenhum outro seria aplicável na inexistência da vida. É uma ordem expressa que vem direto do trono celestial e não temos a opção de desrespeitá-la (Êxodo 20:13).
O Canibalismo
Em pleno século XXI, devíamos ter encontrado alternativas ao consumo de carne. É bárbaro tirarmos a vida de um animal – ser vivo – para que nos sirva de alimento.
Se não é aceitável o consumo de carne nas condições já postas, como admitiríamos tamanho desrespeito ao corpo de um ser humano que, como sabemos, fora criado à imagem e semelhança do próprio Deus? Devemos regredir a uma escuridão de alma onde a mais asquerosa ação que pode ser praticada, encontre justificativa.
“Disse-lhe mais o rei: Que tens? E disse ela: Esta mulher me disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu filho.
Cozemos, pois, o meu filho, e o comemos; mas dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá cá o teu filho, para que o comamos; escondeu o seu filho.
E sucedeu que, ouvindo o rei as palavras desta mulher rasgaram as suas vestes, e ia passando pelo muro; e o povo viu que o rei trazia cilício por dentro, sobre a sua carne,
E “disse: Assim me faça Deus, e outro tanto, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, hoje ficar sobre ele.” 2 Reis 6:28-31.
Se o Rei, sendo homem, não suportou tal comportamento, como Deus trataria tal pecado? Esse é um pecado de morte e os que o praticam, não entrarão no reino dos céus.
Somos o templo do Divino Espírito Santo de Deus. Não somos comida!
Diante do exposto, só resta a excomunhão dos quatro jovens, sendo ela a mais severa pena praticada pela Santa Igreja.
No caso específico da pena de morte, mesmo com a gravidade dos fatos, não podemos concordar com o Estado tomando o lugar de Deus. É indiscutível que os rapazes precisam ser responsabilizados por seus atos. Entretanto, Deus é o doador da vida e só ele pode tirá-la.
Roguemos a Nossa Senhora que conceda o merecido descanso ao jovem Whetmore, no seio de seu filho Nosso Senhor Jesus Cristo, e ao Divino Espírito Santo que possa acalentar as pobres almas dos jovens acusados.
Salvador, 30 de Maio de 2011.
Dom Amaro Oliveira
Cardeal Arcebispo da Bahia
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OPINIÃO:

Mano Daniel

Saúde e Paz,

O que penso acerca do tema “não muda” muito o que já está dito.
Vamos lá,
Tenho uma opinião pessoal e que deriva apenas do Evangelho, segundo o meu discernimento...,
Em relação ao “crime” cometido por Caim contra seu irmão Abel, se fosse o contrário, não seria configurado também um crime? Crime por crime tem que haver uma motivação para tal ação que desabone a conduta de um homem sensato.
Ora, hipoteticamente, se Abel agisse em sua “legitima” defesa, se esquivando do golpe de seu irmão e investisse contra o agressor de forma que o levasse a morte? Imagine Abel esfacelando o crânio de Caim.
Na mesma toada não se configuraria uma pulsão animal (acesso a ira) entre ambos os homens de lutar para se sobreviver neste mundo cão-caído? E mais, onde a disputa de espaço pulsa instintiva-mente no homem animal, e neste caso se tratando da pré-história, temos aqui dois bárbaros e nômades (sem canibalismo, e percebe-se aqui que já havia sido descoberto o fogo)?
Tendo em vista que ninguém senão Deus poderia julgar tal ação como crime-crime, pois, o direito a vida era o dever de não matar o próximo, e aqui não se interpreta hermeneuticamente que entre ambos os irmãos havia um senso de justiça que se configurasse “numa legítima defesa” a favor de Abel, se o mesmo conseguisse se livrar da investida de seu agressor-irmão Se a questão fosse à pena ou a força da Lei (da consciência)– Não se poderia matar (assassinar).
Mas de lá pra cá a pedra do moinho vem girando, as civilizações se ploriferando e o mal se multiplicando, e se instalando entre os homens, daí exige-se do Legislador pôr uma ordem nesta “joça”.
Decerto que no texto está explicitamente mostrado o motivo que levou Caim a praticar o homicídio (inveja). Entretanto fica uma reflexão em suspense, como era o relacionamento de ambos no seio da família? Qual o conceito de família, cidade, comunidade e sociedade que os homens possuíam naquele tempo, diga assim de passagem, tão primitiva-Mente no pensar sociológico, á começar pelos conceitos da moral e da ética numa intuição subjetivada pela própria consciência herdada de seus pais.
Sem dúvidas através dos sinetes da perfeição ético-moral que se desbotaram e mofaram através dos tempos...
Um exem. bastante simples foi  a Torre de Babel, uma carnificina só.
Sei que não estou reverberando para leigos, mas vale salientar que naquela época nem mesmo a lei moral fora instituída por Deus (nem o decágono), aliás, a minha fala não foge também de um arcabouço Serafiniano. O que contava mesmo era com a lei da consciência humana [logra um juiz(o) maior e é daí que surge o Ethos-ética] em relação ao outro semelhante.
O Apost. Paulo bem mais tarde e bem mais civilizado no pensar social vai dizer aos irmãos na igreja – “Cada homem examine a si próprio!”
Desta forma fica discernido entre nós de que o homem de fato não conhece o bem do mal e nem sabe discernir o mal do bem e somente Deus é capaz de tal verdade, visto que, trigo e joio bem se parecem e nem por isso são iguais, mas semelhantes em quase tudo!
Todavia cabe ao homem se auto-julgar antes que de outrem nasça um juiz (o) que o condene e vice-versa. O homem apenas intui o que seja o bem e o mal para a sua vida interrelacional em comunidade.
O canino-canibalismo se remete quanto ao instinto de sobrevivência (desde a pré-história pra cá) quanto a um desencadeamento patológico psicótico (de um individuo que se ENCAVERNOU em seus delírios lunáticos, diferente de uma condição inata de canibalismo)!
Tente imaginar uma figura como Sansão [exerceu o cargo de juiz em Israel e em uma única chance matou centenas de filisteus com uma queixada de burro] vivendo nos dias de hoje, e com o mesmo estereótipo, ora, ele logo-logo seria tachado como um sociopata inveterado!
Com o passar do tempo as coisas se "evoluíram" para que se garantissem os direitos e os deveres dos homens diante de um sistema governamental.
-- Todavia o titulo deste artigo se relaciona ao mito “HOMEM BRANCO  RELIGIOSO” e não tão somente a figura mítica do canibal. Aliás, mito por mito, eu não minto, mas me asseguro assertivamente que a antropologia se limita aos mitos que são manufaturas de suas próprias idiossincrasias patomitológicas!
E por quê? Por que a catequese mais exigia do fiel do que oferecia algo - a espoliação provocada pelo homem branco sem precedentes.
Sim, seus arquétipos perpassam os interesses para além do bem e do mal; fincam bandeira filosófica no campo da religião pagã e armam suas tendas nas cavernas da ignorância sacerdotal fazendo do outro ser um prosélito!
Trocando em miúdos eu diria: A figura mítica clerical sempre estará em voga neste chão incerto com suas espoliações (intelectuais e materiais) a fazer, desde o mais incauto aos munidos de santa ignorância pagã – Tudo que burrifica o ser.
A igreja  institucional já se liquefez e há tempos, cego é todo aquele que ainda não quis ver a putrefação deste sistema!
Ora, e falando do cristianismo propriamente dito, a História não mente ainda quem possua seus mitos, e o que é irônico: A santa Igreja (católica) institucional não permite ao Estado (responsável legal pela incolumidade de cada cidadão concedendo o direito a vida), mas ela mesma com a mãe de todas as heresias: excreta, dissimula, espolia, desagrega os filhos do Bom Pastor infanticida-mente, e extermina massas num surto dado ao CANIBALISMO SOCIO-RELIGIOSO, e esses lobos visíveis são mais "canibais" nas suas "antropofagias teológicas" e tirânicas do que mesmo os sílvicolas canibais  .
Proíbe-se o casamento dos sacerdotes católicos e o uso de preservativos por parte dos fieis, mas não fazem um consenso do índice de pedófilos fabricados em seus monastérios [isso sim que canibaliza  o eu e zumbifica o ser hominal].
Ela sim a “igreja” é mãe de todas as bestas-Cains da Terra, inclusive a falácia do canibalismo sacerdotal – somente pra se auto-justificar por seus entes-maldades canibalescos dado ao proselitismo católico selvático!
Ela mata em série, como na noite da São Bartolomeu, uma luxuria da rainha Margot, e com suas SANTAS INQUISIÇÕES sempiternas (mesmo depois da Idade Média ela (a igreja) continua a “queimar vivas” gentes em pleno Sec. XXI)...,
Segundo S. João em uma de suas cartas a Igreja cristã do I Século, ele afirma que todo aquele que diz que ama a Deus sem o ver e tocá-Lo, e nutre um ódio de morte pelo seu irmão é um HOMICIDA em potencial e em si mesmo não possui vida pacificada de lá eternidade!
Não faço nenhuma apologia ao crime de morte e a nenhum tipo de assassinato, porém, o caso do caído-Caim, mesmo sendo citado na Bíblia como o primeiro homicídio-homícidio e que Deus um dia faria justiça a Abel assim como todo derramamento de sangue inocente, talvez, fosse um caso isolado, ao contrário de tantos outros que lavaram a terra no afã de abolir dois princípios que estão na Bíblia como Lei-Palavra de Deus aos homens:
A) No A.T. quanto no N.T. fica explicito que o mais importante na relação entre os homens seja em garantia do direito a vida.
B) Segundo principio escancarado na Bíblia deixa claro que nenhum homem poderá ser dono de outro homem como se o outro fosse objeto de seu próprio desejo, manipulação e consumo.
Todavia a nossa sociedade ama no amor liquido (imediato e condicional), onde o amor sólido (incondicional e permanente) já se desfez paulatinamente nos entremeios dos inter-relacionamentos sociais, fraternais e por fim religiosos. E mais o nível cultural hoje em dia conta muito para o processo de evolução eco-hominal e eco-espiritual humano.
Antes se pensava acerca dos homens, ali vai um homo-erectus, depois homo-sapiens por fim um homo-consumis. O último mata bem mais em razão de possuir (pela cobiça e usurpação) do que o primeiro que agia segundo a sua pulsão animal sem conhecimento do pecado, já o homo-sapiens conhecedor do pecado através da lei refugia-se na antropologia para tentar de alguma maneira, mesmo que teológica, dissecar a mente de Deus.

P.S.: MANO NA PRÓXIMA VEZ QUE ME ENVIAR UM ARTIGO PRA EU EMITIR A MINHA OPINIÃO ENVIE PARA OS ENDEREÇOS: alfredoserafimanjo@ig.com.br ;  alfredoanjoserafim@gmail.com

Um beijo meu "filho",

Mano Serafim

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bem-aventuradas sejam as minhas (suas) raizes...


                                           Por Mano serafim                           
Final de outono com inicio de inverno, humm, sopa com torradas, chocolate quentinho e debaixo do edredom, uma combinação que me põe em estado permanente de hibernação (risos).
Conquanto, coisa boa mesmo seja esse mês de Junho, festas juninas no meu Nordeste. Ao som do veio Lua de Exu-Pe, o rei do Baião...,
Frio de lascar o cabra bão, no esquentar de uma fogueira de pau de peroba ou de pau de jacarandá – antigamente lá na casa de meus pais era assim, a gente reunia uns paus para a fogueira, e certa feita no S. João queimamos uma cama velha de jacarandá!
Muitos fogos para tocar.... Meu velho papai trazia um saco grande contendo: bombas, chuvinhas, morteiros, cobrinhas, vulcões, etc. A gente pequeno se divertia sem se machucar e sem queimar a ninguém da vizinhança.
Lembro-me bem que na nossa rua que morávamos ficava toda ornamentada a caráter, cheia de fogueiras e bandeirolas com balões e muita palha de coqueiros...,
Cresci, e me tornei gente, ou melhor, homem (risos). Converti-me, casei e construi família.
Mas e daí?
É que iludido pela religião que petrifica o ser deixei de ser feliz dentro de minhas raízes nordestinas, me converti a religião protestante e de maneira meio que inconsciente permiti que outra cultura que não fosse a minha me roubasse as tetas onde mamei desde tenra idade. 
Tudo em nome de um Jesus menos UNIVERSAL, e que era somente um judeu ( mas acho que burro mesmo fui eu que não cri desde o inicio no que desconfiavam os crentes de Beréia no N. T.)!
Neguei-me e me perdi cultural-MENTE por vários anos, em razão de estar não agradando a Deus, e por outro lado fazendo de forma incoerente com o Evangelho o que a igreja local ordenava...
Mas a minha alma cansou dos rótulos [foi ai que me achei novamente] e quase que surtei como a dissolução da maioria dos pró-testantes, os emblemas, as insígnias, a fórmulas prontinhas, o estereótipo judeu-evangélico, a tradição judaica impetrada sorrateiramente nas doutrinas cristãs, as bravatas gospel do momento, e com toda essa cultura tupiniquim!
Ufa! Cansei de verdade, e terminei reiniciando de volta as minhas raízes e hoje bem  mais crente e do evangelho do que jamais!
Se quiserem saber, o evangelho para mim hoje é mais existencial do que antes, sim, quando eu me sentia um boneco manipulado e hipnotizado pelo coletivo religioso inconsciente da galera, por esta indústria colossal de bonecogélicos de agora...
Estes estão por ai espalhados nas vitrines dos shoppings igrejas centers da vida!
Mas hoje não tô querendo falar da crentaida não (brincadeiras)...meu foco é outro sô, se bem que já tem gente dizendo que estou des-viado. Confesso  que estou SIM. DES-igrejado mas não DES-viado!(risos).
Atualmente e de bem com a vida sigo em vento e popa, sigo em paz comigo mesmo, com Deus, família e amigos... Tranquilo e pacificado a ponto de ser impelido pela musicalidade do conterrâneo (Luiz Gonzaga) de meu velho pai, meu saudoso velho que no dia 24/06/11 fará 02 anos que ele se foi dentre nós...,
Acordei com saudades daquele [São João] entre família, na comilança dos bolos de Mainha: bolo de aipim, bolo de puba e o delicioso bolo de tapioca (aquele que somente ela sabe a receita)...
E no baixar da queima dos paus da fogueira vem o milho assado na brasa, sem se esquecer de comer muito amendoim cozido inté as tripas doer! (risos).
E no outro dia bem cedinho no café da manhã, a canjiquinha que Mainha se doou tanto para debulhar, moer e triturar o milho verde-doce pra dá tempo de cozinhar antes da familharada assim acordasse!
É, hoje eu acordei assim,  com essa nostalgia, uma boa nostalgia sô!
Eu não gosto de dançar, aliás, nunca fui fã de dança qualquer..., mas ao som do arrasta pé, inté que me deu uma vontade sô de ralar coxa-com-coxa com a minha MULUNGU (musicalidade de Luiz Gonzaga "Uma pra mim outra pra tú"). Calma, é com a minha matuta esposa! (risos)
Mas, hoje e tão logo cedo um cabra bão daqueles veio me dizer que na fazenda de seu papai vai ter um forró entre a família ao som de Luiz Gonzaga!
Confesso fiquei doido para ir causo ele me convidasse!
Mas ele mesmo me disse que não iria mais porque decidiu não contrariar os seus “princípios”. 
E como eu sou curioso perguntei para ele quais seriam estes "princípios" que porventura estariam sendo “contrariados”?
E ele disse-me: “A minha igreja evangélica não permite festejar a morte de João batista”.
Perguntei para ele se o evangelho de Jesus Cristo proibia que ele festejasse o S. João como forma cultural e regional? 
Ele não soube me responder.
Apenas o disse que o Jesus da Bíblia era um JUDEU e amava as festas culturais de seu povo (tabernáculos, pentecostes e das prímicias), e que Ele foi o JUDEU dos judeus, o mais bão de todos,  inté na sua morte. Ele nunca negou as suas raízes... , inté nas sinagogas aos sábados ele ia ouvir e ler a Torah..., nasceu debaixo da Lei de Moisés, foi circuncidado, se pronunciou ao ministério depois dos 30 anos (idade legal do inicio rabínico em Israel)...,E tem mais, Ele não tomou licor, mas bebeu bastante vinho sô - não é atoa que ele foi apelidado nas suas redondezas de "beberrão e comilão".
E pru que eu não posso ser um brasileiro multi-étnico e simplesmente um NORDESTINO que creu/crer no Evangelho? Ou seja, manter as minhas raízes naturais e culturais sem negar a minha fé Nele?
Besteira sô!
Decerto que o Próprio Mestre reprovaria se eu negasse a minha essência regional e aderisse a sua religião cultural ou tal cultura judaica deste evangelho multifacetado vigente...
Todavia a sua proposta seja outra....,
Seja você mesmo sem a negação do que você seja e sempre foi, mas jamais deseje ser o mesmo!
Portanto aos que ouvidos sensíveis possuem : "Bem-aventuradas sejam as minhas (suas)raízes"!
Nele, - com ou sem festas (juninas e judaicas), posto que tudo há de passar, porém, quem Nele esteja se eternizará festivamente.
Mano Serafim

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Existe [uma] cruz que pára/ para tudo...



Na lembrança do Sermão do Monte (Mt.5:1-12) -- M. Gandhi havia dito: "Se aniquilassem todos os livros sacros do mundo e se preservassem somente o sermão do monte, não se perderiam nada!".
Quando você ler estas palavras de Cristo  do sermão do monte corroboradas com um coração cheio de fé, quais sentimentos lhe invadem o coração?
Decerto que não é de um romantismo encontrado nas páginas de um livro melancólico de Shirley MacLaine. Nem tampouco um sarcástico sofrimento em detrimento da lei do karma, um Dalet.
- Gente é difícil de entender de que a natureza humana é CAÍDA, e acabou a conversa fiada! Como eu poderia (eu até que posso, mas seria utópico)  ou mesmo o meu "eu" exigir um "mundo" perfeito se o Mundo JAZ no maligno? Se o Mundo me vê como um E.T. semelhante aos das películas de E. Spielberg, isto é, tão antiquado, caretão e fanático.
Então significa de fato que - "antes dele vos escolhi", a saber, do mundo. O Senhor do Mundo a mim me escolheu!
A minha alma não se cansa em dizer que precisa se expressar de qualquer forma, aliás, a natureza (mãe terra, criação, criatura) corrompeu-se, ou melhor, corrompida está por causa do pecado-vaidade-(ego) tismo dos homens.
Portanto a vontade que hoje tenho é de sair à procura de minha origem como homem-livre que paradoxalmente não sou, e que com o uso do livre-arbítrio (meu direito de escolha como atributo inerente ao homem) possa eu então obter uma existencialidade "vivenciada" sem os dissabores da dor, angústia, depressão, dúvida, incredulidade, mentira, impotencialidade, vulnerabilidade, metarmofose, transmutação, limitação, debilidade mental, fraquezas, fobias [...] Pensem no que quiserem?!.
Desejaria sem vulgaridade ímpia descobrir-me sem referências de estereótipos grego-pagãos e desprovidos de qualquer religiosidade que me iluda na aproximação de um mundo espiritual esotérico mesmo que precise viver um místico-misto- espiritual que seja empírico.
Você já pensou em algum dia fugir de sua obrigação de SER CRENTE?. Digo, dar testemunho de salvo, ser o ser espiritual almejado pelos legalistas, bonzinho, santo, e mais uma coisa estranha  apreciada em nosso rol cristão: Piedade como fonte de lucro sem contentamento...,
Você já se sentiu redimido (a) ao extremo a ponto de NÃO MAIS desejar ser o que você é, pecador (a)?!
Você já se viu na projeção do espelho de seu quarto estereotipando o seu narcisismo e alguns minutos depois se esqueceu de sua forma e imagem no espelho da vida real?
-- VIDAS..., as vidas estão e se encontram em todos os ditames da existência, encontraremos na morte vida, quando aceitarmos definitivamente levar a nossa cruz que nos confronta com a nossa natureza de morte "adâmica", negar tal verdade é semelhante dizer que Cristo desejou descer da maldita cruz vituperada por não poder reter a vida – E a minha Cruz, eu até que posso não ter forças suficiente para levá-la adiante, mas me acovardar não condiz com o caráter de um semideus/discípulo ou cordeiro/cristão (parecido com Cristo [pequeno-cristo]). Porém, isso tudo não quer dizer que verei/terei sempre as conseqüências da cruz.
Todavia as vivenciarei na construção de uma alma em rumo à aurora até chegar dia PERFEITO.
"Pegue a sua cruz e siga-me"! - Disse Jesus. Esta é a ordem de amor para a vida e que pára todas as especulações que surgem por não saber o que se esconde por detrás da sombra da Cruz do calvário existencial.
Crucificação é sinônimo de atrocidade, tortura e execução sumária. Diferente de se viver e experimentar um cristianismo surreal em que para muitos, a cruz seria tudo menos ignomínia e vituperação!
Sim, um convite para a morte enquanto paro nesta vida!
Ah! Como seria excelente vivermos um pedaçinho do Paraíso de Deus aqui neste mundo louco no afã de uma vida sem dores e sem espinhos na carne. Distante da dor da cruz que despedaça, fragmenta, dilacera a nossa carne desalmada, cuja cegueira da vida solúvel não pode nem ver e nem enxergar a magnitude eterna de uma vida indissolúvel na presença plena e sagrada do Amado que habita na Luz inacessível (Deus Poderoso).
-- É-sendo-estando exatamente na cruz ante a vergonha de minha própria nudez onde paro e posso entender que toda a nudez será  castigada ao menos que eu-o-homem se arrependa e confesse em seu confuso coração que és-sou um pobre-cego e miserável-nu pecador...,
E que-de-ti Deus desejo/procuro ser-me vestido, revestido e iluminado.
A Luz que ilumina o calvário das densas trevas invade a nossa alma adentro afim de afugentar com o seu brilho a escuridão maligna que entenebreceu o coração de toda a humanidade deixando turva a imagem do Criador na criatura.
-- Acordar triste e terminar o dia entristecido não nos deixa nem menos humano e nem tampouco nos descredencia da liberdade de estar em Cristo Jesus. Mesmo por que possuímos uma alma cheia de vontades e loucuras referente á queda, entretanto todos os dias deva  nos convencer em nossa alma inquieta de que para o mal de cada dia, Deus já fez o bem, e na verdade de que ela agradecerá ao Senhor sabendo que o Espírito sempre se alegra em Deus nosso Salvador!
Você pode estar triste ou viver algum tempo, e até morrer triste, todavia  exultai por que grande é o vosso galardão nos céus - Mesmo porque ninguém conhece de fato o que é felicidade. Muitas vezes estamos alegres, eufóricos, contentes, porém a verdadeira felicidade não é simplesmente um estado de graça, talvez, seja ser pertencente da Maravilhosa Graça do Evangelho de Cristo e que abrange a todos. Nisso há um mistério!
Ora, e mistério que é mistério não se revela!
Um beijo!
Mano Serafim .........escrito  2008.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ser ou não ser: eis poeticamente a questão



Ser ou não ser: eis poeticamente a questão

Ser é, antes de tudo, existir. E existencialmente, a existência precede a essência.

Dessa forma Deus é, e pela razão de ser, e ser Auto-existente. Pode-se compreender como a essência, a realidade absoluta, como Deus.
Mas, efetivamente, o que é o ser? A essência de tudo quanto existe. O eterno princípio vital, fluido cósmico universal, a alma ou espírito – uma centelha divina.

Ora, o ser, pois, é abstração, transcendência e imanência, na ordem e nos caos, no certo e no incerto, no pleno e no vazio, na representação do psiquismo e do espiritual.
Poeticamente se reverbera: religiosos e místicos, sagrados e profanos inferem que só Deus é. Fácil de dizer; difícil, no entanto, de captar, considerando o caráter abstrato da divindade. Pra muitos, o ser não passa de utópica conceituação metafísica.

Outros questionam: “por que existir algo além do nada?”. Porém, diante de todos os seres da natureza, “como conceber que nada existe”?
Aprendi que não se pode aprender o ser diretamente. Onde se aloja, então?  Incorporado no fato de estar sendo?No âmago. Na intimidade das causas supremas. Na presença dissimulada, no cerne de todas as coisas. Nos inumeráveis dons da espécie, que ora se mostram, ora se subtraem.

Eis a questão pivotal que, há milênios, coloca-se todos os dias. Não somente o céu das idéias, mas como necessidade existencial diante da incompletude e da precariedade da condição infernal humana.
“Ser ou não ser” – essa velha questão, sempre adiada, sempre renovada, sempre buscada, na amplitude das mais profundas indagações e inquietudes da Humanidade caída de seu estado original...
E você? Sempre desejou ser? Mas, ser o que?
Dize-se da amizade de Jesus segundo o Evangelho, que o amigo fiel é aquele com quem o outro se sente feliz sem abdicar de sua personalidade, - renunciar a si mesmo(ego-centrismo) sendo a si mesmo(no exercício correto do eu).

Enfim, pode-se dizer, sem risco de errar, que a amizade é um despertar a dois rumos à felicidade, sem condicionamentos, egoísmo e possessividade. E o que se ganha com isso?Eterna amizade e autoconhecimento.
Feliz é todo aquele que sempre desejou ser a si mesmo, e de si mesmo é, e nunca se perdeu de si mesmo, posto que sendo a si mesmo, e tudo o que pode ser, é.

Decerto que pra o Eterno o “ser ou não ser” nunca foi à questão, e por uma única razão, Ele é.

Pense nisso!

E seja você em si mesmo


Mano Serafim

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Uma moral cingida de folhas de figueiras...

Por Mano Serafim


Todas as vezes que me ponho a meditar no livro de Eclesiastes faço-me uma pergunta: Por que Salomão, que demonstrou tanta sapiência ao escrever Provérbios, passou os últimos anos de sua vida contrariando todos os seus pensamentos?
Talvez tenha ele vivenciado uma crise de meia-idade?
Num mundo sem Deus, o melhor de se fazer seria colocá-lo no mundo, a menos que Deus em relação ao mundo não seja um Soberano!
Para além do bem e do mal, a verdade é que ninguém de fato sabe ou difere o bem do mal e vice-versa. Deus sabe discernir o bem do mal e o mal do bem, somente Ele possui esse conhecimento de verdade.
O homem através da moral procura descobrir a perfeição do si mesmo.
É fato de que a moral se inicia onde nenhuma condenação exterior se impõe. Ninguém, moralmente falando, pode ser julgado a não ser pela própria consciência. Saiba que a regra moral aparece quando, em situação de invisibilidade exterior, o ser humano continua a se impor ou a se proibir, não por interesse, mas voluntariamente. Só isso é estritamente moral.
Um exemplo claro disso foi à sua condição psicológica do homem do Éden ante a Queda – o fruto de uma consciência eterna ética-moral foi à restrição de não se comer do fruto proibido!
Adão se viu nu em razão de se sentir despido de uma consciência (santa) própria e não de uma exigência social que o impusesse a uma retidão rotulada!
E mais, cingindo-se ele com as folhas de figueira pela perda de “ingenuidade” moral, seu único subterfúgio seria fugir da presença de Deus...,
Realmente, a moral incide em uma relação de si para consigo, tendo em conta os interesses do próximo, sem recompensa, nem castigo externo. Assim, pode ser definida como o conjunto de normas, através das quais uma pessoa impõe-se ou proíbe-se a si mesma, evitando lesividade a si e aos outros. Exige, para além de obediência às regras das ciências jurídicas e sociais, a observância consigo mesma da normatização, insculpida, em forma de desing na própria consciência.
Não há moral absoluta, como não há verdade absoluta. Ademais, há diferentes morais, tudo a depender da educação, da vivencia social, da religiosidade e da cultura que os humanos viveram; introjetaram e elegeram como princípios éticos.
Certa vez escrevi um artigo cujo titulo: “O grassar da Graça nas entrelinhas das Escrituras”- no artigo que escrevi tentei provocar os leitores para uma percepção diferente do padrão moral imposto pela nossa cultura cristã. Tentei mostrá-los que Deus é um Ser A-moral a quaisquer morais fabricadas aos delineamentos filosóficos e humanistas, embora Ele permita os conceitos morais que os homens produziram ao decorrer da história [ainda que para Ele não passe apenas de um prato de excrementos de vaca]. E houve bons questionamentos quanto a isso...
A melhor moral é aquela que resulta do fato de querer para os outros o mesmo que se deseja para si.
No meu ver - Melhor preceito não há, do ponto de vista moral, do que a lição reproduzida nos evangelhos: “Fazer com os outros, o que queres que os outros te façam”.

Moralidade, pois, é, antes de tudo, respeitar o caráter humanitário em si e no outro, superando o egoísmo, sem esperar recompensa, afinal tudo é imerecido favor e de graça dado pelo Deus da Graça!
A sabedoria revela sem medo: Nada é mais belo e legitimo do que fazer o bem!
Mas, sem essa idéia de crise da meia-idade (acho que ainda não cheguei lá - kkk), aonde a Igreja de Cristo se CORPOrifica neste insight?
O que a Igreja tem feito de concreto ao Reino de Deus em relação a ser Igreja viva de Deus na Terra? - Fica esta pergunta para a reflexão de todos...
A verdade moral, na sua praticidade ( praticabilidade), liberta os homens dos instintos e dos seus medos, despertando o sentimento de solidariedade universal, indispensável à sua subsistência social e espiritual da Humanidade.
Todavia pode-se falar de moral sem a compreensão do que seja Ética (Ethos)?
A Ética pode ser entendida como uma doutrina ou teoria raciocinada sobre o bem e o mal, os valores e os juízos morais.
Retornando ao episódio de Éden, no momento que as ações do homem revelam-se perigosas – mergulhado na descrença como fenômeno ligado à morte de Deus (na verdade foi o próprio homem que auto-inicia seu processo de morte desde os primórdios de sua humanidade pós-Queda) – é que se origina a atual crise da Ética ( Ethos), marcada pela decadência das grandes ideologias.
Isso fez nascerem formas contemporâneas de individualismo (Kierkegaard que o diga), proporcionando o aparecimento de novas regras de conduta, nem sempre válidas para a coexistência harmônica. Aliás, como essas novas questões existenciais não proporcionariam o surgimento de alternativas de ordem ética?
Em face ao fenômeno da globalização, o mundo espera por uma revolução ética, entendida como o conjunto de valores e dos princípios que nortearão as relações humanas para com a natureza, para com a sociedade, para consigo mesmo e para a transcendência – sob uma ótica míope humanitária.
Assim reverberou Salomão por toda a sua vida na terra!
 Salomão disse e desdisse tudo o que viu/discerniu, creu/escreveu e intensificou/vivendo!
Vitima do antagonismo e de suas próprias ambiguidades existenciais perante a (N) natureza criada e caída, ele apenas concluiu de que tudo debaixo deste sol era apenas VAIDADE de alma.
Para tanto, é preciso compreender a Terra com uma totalidade biológica, físico-química e socioantropológica. Segundo o apóstolo Paulo, não se pode mais fazer distinção entre Terra e a Humanidade, considerando que ambas formam um todo orgânico e sistêmico (Rm.8:19-23).
Ora, já não existem dúvidas de que tudo na Terra está interconectado e obedece ao sistema de solidariedade cósmica (alguém vai ler isso e se chocar – rsrrssr!).
Por conseguinte, não existirá paz entre as nações sem que prevaleçam princípios da mais elevada eticidade, tendo como referência o interesse de totalidade dos seres humanos.Dessa forma, Adão, Salomão, eu e vosmecê, meu irmão!
Somos todos artífices das projeções dadas às ideologias de nossa ascendência cultural-ético-moral, a gente apenas as reproduzem com adornos de folhas de figueira adequadas as nossas conveniências contemporâneas sociais. De sorte que nem imaginamos o que de fato seja o bem e o mal nesta esfera de perplexidade para nossa própria sobrevivência de lá compreendermos que tudo coopera para o Bem daqueles que amam a Deus!
E é bem assim a configuração, cingem-se os lombos em agonia das dores existenciais, cosem-se e vestem-se das roupas de folhas de figueiras sobre o corpo nu, conquanto só produz efeito e tão somente pra o lado de fora, da pseudo-moral e da  estereotipação da religião pagã a qual deseja uma satisfação nossa pra se auto afirmar quanto religião!
O conselho é para que nos vistamos com as indumentárias do amor e da graça.
Posto que toda nudez será perdoada, exceto a nudez de nossa arrogância espiritualizada encoberta pelas folhas da figueira ideológica!
E é bem simples assim... Basta assim crer que o é, mas também se pode crer em desconstruir-se dos conceitos pré-estabelecidos (arquétipos) pela moral e pela religião ante ao Evangelho de Absoluta Graça, crente que no próprio evangelho somos isentos de qualquer implicação que talvez ocorra ao contrário do que Jesus nos prometeu, ou seja, um lugar seguro e eterno de equidade em justiça [social] para todos, na plenitude da paz-shalom e do desfrutar do inevitável amor-ágape!
A Ele a glória para sempre, cujo Deus, se submeteu a – “
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.”
Mano Serafim