segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ser ou não ser: eis poeticamente a questão



Ser ou não ser: eis poeticamente a questão

Ser é, antes de tudo, existir. E existencialmente, a existência precede a essência.

Dessa forma Deus é, e pela razão de ser, e ser Auto-existente. Pode-se compreender como a essência, a realidade absoluta, como Deus.
Mas, efetivamente, o que é o ser? A essência de tudo quanto existe. O eterno princípio vital, fluido cósmico universal, a alma ou espírito – uma centelha divina.

Ora, o ser, pois, é abstração, transcendência e imanência, na ordem e nos caos, no certo e no incerto, no pleno e no vazio, na representação do psiquismo e do espiritual.
Poeticamente se reverbera: religiosos e místicos, sagrados e profanos inferem que só Deus é. Fácil de dizer; difícil, no entanto, de captar, considerando o caráter abstrato da divindade. Pra muitos, o ser não passa de utópica conceituação metafísica.

Outros questionam: “por que existir algo além do nada?”. Porém, diante de todos os seres da natureza, “como conceber que nada existe”?
Aprendi que não se pode aprender o ser diretamente. Onde se aloja, então?  Incorporado no fato de estar sendo?No âmago. Na intimidade das causas supremas. Na presença dissimulada, no cerne de todas as coisas. Nos inumeráveis dons da espécie, que ora se mostram, ora se subtraem.

Eis a questão pivotal que, há milênios, coloca-se todos os dias. Não somente o céu das idéias, mas como necessidade existencial diante da incompletude e da precariedade da condição infernal humana.
“Ser ou não ser” – essa velha questão, sempre adiada, sempre renovada, sempre buscada, na amplitude das mais profundas indagações e inquietudes da Humanidade caída de seu estado original...
E você? Sempre desejou ser? Mas, ser o que?
Dize-se da amizade de Jesus segundo o Evangelho, que o amigo fiel é aquele com quem o outro se sente feliz sem abdicar de sua personalidade, - renunciar a si mesmo(ego-centrismo) sendo a si mesmo(no exercício correto do eu).

Enfim, pode-se dizer, sem risco de errar, que a amizade é um despertar a dois rumos à felicidade, sem condicionamentos, egoísmo e possessividade. E o que se ganha com isso?Eterna amizade e autoconhecimento.
Feliz é todo aquele que sempre desejou ser a si mesmo, e de si mesmo é, e nunca se perdeu de si mesmo, posto que sendo a si mesmo, e tudo o que pode ser, é.

Decerto que pra o Eterno o “ser ou não ser” nunca foi à questão, e por uma única razão, Ele é.

Pense nisso!

E seja você em si mesmo


Mano Serafim

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