quinta-feira, 15 de julho de 2010

Gandhi - A coragem de um homem.

Um promotor de justiça indiano ao viajar de primeira classe em um trem na África do Sul é expulso à força na próxima estação, porque os "de cor" não poderiam ter comprado um ticket a não ser para a terceira classe. Este gesto e todas as outras terríveis imposições sobre os "de cor", ou de outra raça debaixo da autoridade do império britânico.

Após uma grande luta, várias prisões, várias greves de fome para haver uma luta pacífica pela libertação da Índia do império britânico, Ghandi, ou Bapu (Pai), conseguiu seu intento. Contudo, morreu assassinado por um hindu, para não interceder que um muçulmano alcançasse o governo da Índia. Após saudá-lo, frente a frente, com NAMASTÊ (o Deus dentro de mim, saúda o Deus dentro de você) o assassino atirou a queima-roupas. O enterro de Ghandi teve a maior procissão que um cortejo fúnebre jamais conheceu.
O que a vida e a morte de Ghandi pode nos ensinar? Em poucas palavras escritas em um blog: muito pouco. Contudo, se analisarmos profundamente cada gesto, cada comportamento e principalmente a conduta dos preconceituosos, muita coisa.
Se prestarmos atenção, os grandes líderes que lutaram contra o preconceito tem algo em comum: são assassinados. Abraham Lincoln; Ghandi; Martin Luther King Jr.; Malcolm X; John Kennedy. Todos eles lutavam por uma causa, e contra o preconceito. Nelson Mandela, quase foi assassinado, mas mesmo assim lhe roubaram 27 anos da sua juventude, da sua família e do seu casamento, matando-o aos poucos.
Que lição poderíamos tirar da vida desses homens?

CORAGEM
Quando uma causa é digna de se lutar por ela, precisa-se ter coragem de enfrentar os opositores. E eles virão. Eles virão de todos os lados e com todas as suas forças e armas. Um dos momentos do filme que me emocionou foi quando os indianos iam de quatro em quatro, enfrentando os cacetetes dos soldados, e as esposas lhes levavam para tratar, de fila em fila, noite a dentro, para tentar entrar em uma fábrica de sal que lhes pertencia. Coragem, um atributo de poucos, porém de todos os que viam numa causa valor o suficiente para enfrentar até mesmo a morte.

ATITUDE
Ghandi me emocionou às lágrimas, e os britânicos me indignaram às lágrimas. Poder e preconceito me levam às lágrimas de indignação. Como uma cor de pele, uma raça ou uma religião pode ser motivo de discriminação? Como posso me achar melhor do que meu outro irmão. Meu próximo.
Ghandi provou seu ponto. Somos gente, e por isto vamos agora fazer nossas próprias roupas, para lhe mostrar que não necessito de seu poder. Indianos queimando suas roupas para lutar pela independência me emocionou. Apanhar e não revidar, me emocionou. Ghandi dava discursos bíblicos ao pastor, que segundo a história, lhe acompanhou e foi seu amigo e admirador por vinte anos. Dar a outra face....algo que eu mesma ainda não aprendi, mas tento, juro que tento!

DETERMINAÇÃO
Lutar por seu ideal. Contudo, com honestidade, integridade, e acima de tudo, Ghandi nos ensina o princípio mor do cristianismo: sinceridade e amor. Quando ele se reunia com a alta hierarquia do poder britânico, ele não escondia o que pretendia. Quando se reunia com seu povo ele os estimulava a não serem violentos. Perto de morrer ele se tornara um homem triste, porque achava que havia falhado em liderar seu povo à não violência. Ele não percebera sua importância. Ele era um idealista. Idealizava uma Índia unida, muçulmanos, judeus, hindus e cristãos, para um bem maior, a construção de uma nação independente. Assim idealizava também Mandela.
Grandes homens, que lutaram contra o poder e o preconceito e para manter a dignidade da própria identidade de seu povo, morreram defendendo o que criam. Morreram, mas impactaram o mundo, e depois deles, seu povo e o mundo nunca mais foram os mesmos....

Namastê!
Escrito por Silvia Geruza
Extraído Fonte: http://www.encontrointimo.com.br/cinema/212-gandhi-a-coragem-de-um-homem

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