terça-feira, 22 de novembro de 2011

Se despindo de toda arrogância espiritualizada...


Surtei quando me vi inserido no sistema religioso, entretanto, sem nenhuma conversão ao evangelho da graça.
Vestes de insensatez cobriam a minha alma envaidecida pelo subliminar...
Dentro do tubo de ensaio do sistema fui amalgamado junto às fórmulas e suas receitas nos laboratórios que produzem no ser, um ser oco, vazio e nulo de tudo que seja você mesmo.
A "consciência" que obtive foi uma dês-consciência espiritual, posto que eu não soubesse discernir se a fé era obra minha ou de Deus na minha vida; ou seja, se a fé é do homem - se o homem é de fé ou da fé.
E se a fé é do homem como eu imaginava, o dom é dele também, daí sentir-se tão vaidoso; a santidade é por ele conquistada; sendo essa a razão dele ser tão inumano, os milagres são realizados por suas virtudes, pondo-o candidato a desenvolver a Síndrome de Lúcifer enquanto vive ou, em outros casos, a tornar-se um Santo após a morte.
E ainda, as conversões são a ele atribuídas, razão pela qual ele pensa possuir grande galardão. E mais: dízimos financeiros são despudoradamente “cobrados” como parte da continuidade da graça ao homem devedor, sendo que o mediador humano da bênção é sempre o representante de Deus, daí sentirem-se donos do dinheiro – afinal, Deus só recebe sacrifícios que se convertam no milagre de fazer muito dinheiro encher os bolsos, seja pessoalmente, seja institucionalmente, seja empresarialmente.
Confesso, a minha alma foi se cansando e de lá de dentro surtei, me converti ao Evangelho...
Mas como?
Alguém já me disse que se desviou do Caminho por ver tantas safadezas no meio dos evangélicos... Porém, eu NÃO!
A minha genuína conversão a Graça do Evangelho de Cristo Jesus se deu no meio de meu caos existencial. Vi um mundo doente, e mesmo eu doente também pude perceber que poderia ser salvo desta patologia espiritualizada chamada de ARROGÂNCIA ESPIRITUAL...,
Ora, de todas as nudezas, a única nudez que jamais será perdoada é a da presunção religiosa infernal.
Eu não sabia do que e porque fugia enquanto a minha alma era cingida com roupagens inadequadas de autojustificação diante de uma demanda infinita de cobranças morais e de maldições.
Mas graças a Graça de Deus em Jesus quando me vi só e sozinho sem ter o que dizer, a verdade do Evangelho invadiu a minha alma e percebi que, de todas as vestes que poderiam vir sobre mim, antes eu teria que deixar  me despir pela Palavra que limpa, restaura, lava e santifica o Ser...,
A verdade é que, sem que se percebam os “paradoxos” da Palavra não se faz nunca “síntese existencial” da Graça!
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Rm. 1.16). E por último sendo o primeiro pelo viés do Evangelho aos gentios, a minha salvação!
Portanto, fica discernido como a minha própria sensatez espiritual, o surto ocorrido em mim não foi proveniente de um consciente coletivo, mas de um impacto causado pela Graça de Deus na minha outrora perdida alma.
Uma viajem que se dá de DENTRO PARA FORA -“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” (Rm.1.17).
Hoje está mais evidente do que nunca que, nada pode estar além do que já se foi feito e está posto por Cristo Jesus  para o homem no calvário –“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.”
Toda a injustiça praticada pelo homem fora imputada sobre o Salvador!
É uma questão de pegar ou largar em ambiências de Fé.
Dessa forma se “explica” o saber e o conhecer do homem em relação a Deus, o qual não poderá ser sondado jamais e nem o homem saber o que Deus pensa – “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.” Eis aqui nesta declaração paulina uma ideia reveladora do que o que seja cognoscível da parte de Deus o é, ademais se torna incognoscível, e aos homens compete o silêncio...
Já despido das minhas vestes conceituais e das roupagens existências e que diga assim de passagem, jamais me Re-ligaria a Graça e ao amor do Pai, percorri o meu olhar sobre a superfície das pedras e notei nelas alma.
Jesus disse que das pedras Deus poderia suscitar filhos a Abraão, eu CRI de todo o coração e Ele me fez o crer como deveria -, e eis aqui um monera amolecido pela Graça da água dissolveDOR-a da arrogância petrificada através do sistema religioso louco vigente.
E agora como um louco surtado pelo surto dado ao Evangelho na alma-psique e nas vísceras-espírito, reverbero o oposto do que eu disse antes: a fraqueza, a dependência, a submissão, a devoção – vale apenas para os de cabeça mais fraca, que é a maioria que segue esses pastores do medo. 
Posto que essa seja a ideia dos lobos que saqueiam em e de tudo no Reino de Deus.
Para essas “pobres ovelhas sem pastor”, o que fica é a “maldição” de terem que se submeter a tudo o que os irmãos metralhas ensinam, sob pena de receberem as tragédias todas dos céus e da Terra.
Que Teologia é essa, como se chama? De onde vem isso?Que poder é esse? Quem é esse “Deus” tirânico?
Por fim,
É em nome desse poder, Teologia e “Deus” e de sua força coercitiva e despótica que os seres humanos têm sido invadidos e violentados em todos os seus direitos essenciais como criaturas feitas à imagem e semelhança de Deus!
E eu, nu e coberto, pois, o Senhor certamente me VESTIRÁ COM NOVAS VESTES DE LOUVOR - PARA A SUA GLÓRIA.
Feira-Ba, 
 22 de Novembro de 2011
Mano Serafim.

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