O PASTOR E A PREGAÇÃO DO EVANGELHO
VERDADES BÍBLICAS QUE PRECISAM SER PREGADAS
Em meus quarenta anos de ministério tive o privilégio de conviver com muitos pastores, andar com eles. Consagrei alguns e trabalhei com outros. Dentre esses, um deles mim deixou marcas e recordações gratificantes. Trata-se do pastor, de saudosa memória, Geraldo Santana Vieira de Souza, que por vários anos estive à frente da Igreja Batista de Amaralina – Salvador_BA., e me substitui na Igreja Batista Filadélfia em Jacobina, de onde foi pelo Senhor, chamado para a Sua presença definitiva na glória.
Ele foi um dos primeiros a se renovar entre os Batistas e que juntamente com a sua igreja passaram a crê e buscar os dons do Espírito Santo, o que lhes resultou em momentos tremendos de experiências sobrenaturais do poder de Deus.
Por ser a região de Amaralina muito carregada em práticas espíritas e impregnada com terreiros de umbanda e macumba, a igreja precisava enfrentar esta situação. Deus a capacitou e isto resultou no fechamento de muitos terreiros na região.
Na Bahia, o pastor Geraldo se tornou conhecimento, juntamente com a sua igreja, como um homem que ora, que maneja bem a Palavra, dedicação à Causa do Mestre – Jesus. Pastor, pregador e profeta de um caráter inquestionável, apaixonado pela santificação de vida, tema principal da sua pregação; homem de visão ampla, dado ao evangelismo que muito contribuir para que a igreja tivesse um crescimento acima da média, vindo a organizar várias outras igrejas na capital e no interior.
Foi um homem de Deus que conheceu e experimentou a renovação no Espírito Santo, de um caráter inquestionável, cheio do Espírito. Porém, conservador quanto à doutrina, costumes e práticas. Jamais se deixou levar pelas ondas da modernidade, invensionismos, competições, comparações e evitou as imitações e a sede pelo êxito pessoal. Seu alvo nunca foi ter mais dinheiro, a melhor casa, carros novos, poder, influência na cidade, a melhor escola para os filhos, conhecimento da sociedade e se sentir superior aos demais. (Algumas destas coisas lhe aconteceram sem que ele precisasse buscá-las).
Há pastores que procuram tirar o máximo de proveito das situações. Manipulam pessoas, brincam com as emoções alheias e se julgam semideuses, para não dizer deuses. São pessoas megalômanas, que pensam que podem fazer tudo. "Tal como os construtores da torre de Babel" ( II Tm. 3 : 1 – 5).
A nossa preocupação como homens de Deus separados para a obra do ministério, deve ser contribuirmos para tornar a igreja do Senhor Jesus atraente, cativante, simpática aos olhos da sua comunidade, amável, simples e isto através do seu caráter, sua natureza, conteúdo Bíblico, vida de santidade, compromisso com a sã doutrina e conhecimento da palavra de Deus. Em assim acontecendo, a igreja de Cristo não precisará lançar mão de artifícios humanos, técnicas e estratégias que entrem em contradição com a Palavra de Deus.
Geraldo Santana na sua simplicidade se tornou um construtor de altares e não torres. Deus não chamou ninguém para construir torres, mas, sim, altares ao nosso Deus e a Jesus Cristo.
O Evangelho de Jesus é simples e não deve ser diluído e nem contextualizado visando agradar a homens com a finalidade atrair multidões. A quantidade jamais deve comprometer a qualidade. O crescimento quem dá é Deus. Nós não somos donos do pedaço. Crescimento para o Senhor é bem mais amplo que meros números.
Hoje tem sido normal encontrar pastores estressados e muito ansiosos, preocupados em crescer em números, dá satisfação a homens e agradá-los ao ponto de prejudicarem a sua saúde, a da família e da própria igreja, levando os seus membros a ficarem também estressados e com sentimentos de culpa por não conseguirem atingir os alvos do seu pastor. Outros ficam com raiva e terminam deixando a igreja.
Quando isto acontece, os pastores e igrejas não funcionam bem e daí acontece o vai-e-vem das mudanças de estratégias. Já não se ouve mais a Deus porque nem mesmo os pastores têm tempo para uma vida devocional com o Senhor de suas vidas e chamada. Perdidos no ativismo frenético e começam a buscar culpados e se culparem pelo seu fracasso.
O desejo do noivo, Jesus, é encontrar não uma mega-noiva, mas sim uma noiva pura, santa, irrepreensível e simples. Uma igreja que esteja vivendo a vida cristã autêntica e abundante. Uma igreja que seja a igreja.
Cristo é à cabeça da igreja e o Espírito Santo o seu guia, portanto, não precisamos de animadores de público, pregadores famosos, programas atrativos, shows, média, sorteio de brindes aos visitantes e a quem trouxer mais visitantes, festivais de pipocas, cinemas, pois o próprio Espírito Santo se encarregará de trazer as pessoas. Foi Jesus quem disse: “Ninguém vem a mim, se por meu Pai não for enviado”.
O Evangelho deixou de ser as “Boas Novas” de salvação e da graça de Deus em Cristo Jesus, cuja finalidade é a conversão do pecado por meio da do arrependimento e fé, e se tornou em muitos púlpitos, mercadoria de barganha entre o pecado e Deus.
Embora o Ap. Paulo tenho dito: “Importa que o Evangelho seja pregado”, eu, porém vos digo: Não convém que usemos mecanismos humanos, estratégias e técnicas de manipulação humanas, fazendo do Evangelho do Senhor Jesus Cristo, uma pregação mercantilista voltada para o humanismo que anuncia só bênçãos e bem-estar. – Você não será mais o mesmo! A prosperidade bateu á sua porta! Você agora é cabeça e não cauda! Fazemos muitas promessas e esquecemos-nos de dizer que “no mundo, passais por aflições; mas tende bom âmino; eu venci o mundo” ( Jo. 16:33).
A Palavra de Deus é o nosso padrão de conduta em todas as áreas da vida: administração geral, eclesiológica, comunhão, vida pastoral, familiar, ético, moral, espiritual e ministerial. Saindo da Palavra, a igreja e nós os pastores, nos tornamos irrelevantes ao mundo, pois é a prática da Palavra de Deus que estabelece a diferença entre nós, a igreja, e o mundo com o seu sistema. É a igreja que deve ditar as regras para o mundo e não ele ditar para a igreja.
Quando a igreja deixar os mecanismos humanos para dá lugar a ação do Espírito Santo, ela cresce equilibradamente. (Em número, comunhão, unidade, espiritualidade, vida abundante, em graça, poder, influência e terá recursos dados por Deus para fazer muito mais do que já vem fazendo.
O mundo, mesmo não entendendo, clama e espera ver na igreja tudo que o reino de Deus representa na terra. Ele sabe que a igreja tem as chaves, o poder que é superior ao do inimigo, que mesmo sendo o “príncipe deste mundo”, a igreja de Cristo não lhe é sujeita, pelo contrário, tem autoridade para amarrar o valente e saquear-lhe os bens.
Qual é o evangelho que estamos pregando? O da graça e da verdade em sua simplicidade, ou o evangelho do sacrifico? O evangelho do cristianismo sem Cristo? Do perdão sem arrependimento? Da salvação sem o novo nascimento? Da política sem Deus? Do céu sem inferno? Eu insisto: Qual tem sido a nossa pregação? Qual é o seu conteúdo? Não é o evangelho com açúcar que vai sarar a ferida do mundo e nem do pecador, mas sim, a mensagem da Cruz que é renúncia, negação do eu, entrega, transformação e vida nova!
O Ap. Paulo nos fala de vários evangelhos. “Porque, se alguém vem e vos prega outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, de boa mente o suportais”! (II Cor. 11:4).
Dentre os vários tipos de evangelho temos o evangelho da glória do pregador - ( Rm.16:18); das profetadas e revelamentos; dos super-profetas; suprer-pastores; o evangelho da prosperidade; das curas e milagres; das religiões e das distorções doutrinárias – ( Rm. 16:17).
A Bíblia chama a nossa atenção para a importância das doutrinas que não devem ser negligencias em função do crescimento da igreja. – (I Tm. 1:3; 4:16; Rm.16:17). O desvio doutrinário implica na perda da salvação (I Tm. 1:6,7,19-20).
Nós os pregadores do Evangelho devemos manter o nosso foco na Palavra, conhecermos e meditarmos nela dia e noite ( Js. 1: 5-9). O nosso estilo de vida deve ser a “palavra da fé que pregamos”. Há muito por aí afora da chamada pregação de fogo, que não passa de palha, e só queima palha, mas não queima corações ao ponto de abrasá-los para a evangelização dos pecadores. É o fogo que só está acesso junto do braseiro, na igreja. Lá fora não queima nada, nem palha!
Infelizmente o evangelho do sacrifício pregado em muitos púlpitos, está substituindo o Evangelho da graça, da verdade, o que requer de nós obediência e não sacrifício. A bênção não depende de nosso sacrifício, orações, jejuns, campanhas e mais campanhas, semeaduras, obediência a homens, etc. Não! Tudo isso não funciona sem a prática dos princípios Bíblicos estabelecidos por Deus em Sua Palavra para nossa prosperidade. Em Filipenses 1:3 diz: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” O que nos deixa sem as bênçãos não é o deixar de orar, jejuar, fazer campanhas, mas sim à falta de conhecimento e obediência à Palavra do Senhor. “Porém Samuel disse: Tem porventura o SENHOR tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à palavra do SENHOR? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros” ( I Sm. 15:22). Em Oséias 4:6 lemos: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”.
Precisamos ensinar mais o povo a conhecer a palavra e obedecê-la. Nunca fazemos uma semana de estudos bíblicos, de doutrinas. Imagine sete semanas estudando a Bíblia, doutrinas, quarenta dias e isto com jejuns e orações. Quando isto vier a acontecer os resultados serão surpreendentes. Li, e já ouvi falar, de um grande avivamento na África, que começou quando a igreja parou para estudar o livro de Atos. Todos os dias o pastor e seus poucos membros se dedicavam a leitura e meditação. Algo tremendo aconteceu. Milagres, conversões e um crescimento explosivo resultaram desta prática.
Foi dito a Josué que lendo e meditando na Palavra, tanto ele como o povo prosperaria ( Js. 1;5-9). O que o povo de Deus precisa hoje é de mais Bíblia! - O alimento sólido: “Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal” Hb. 5:14).
Nós precisamos parar de correr atrás de bênçãos e corrermos para o abençoador, precisamos buscar a face do Senhor e não as mãos, praticarmos a obediência e não sacrifícios de tolos incautos. Fé precisa é da Palavra para se tornar sólida e não do jeitinho brasileiro, das crendices e do misticismo católico e espírita. Precisamos orar e jejuar pela presença da glória do Senhor e não por bênçãos. Estas são a nossa herança. “DIGO, pois, que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo; Mas está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai”. ( Gl. 4: 1-2). O tempo determinado é uma referência à maturidade, portanto, o que nos falta é deixarmos de ser crianças. É como diz Paulo: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”. (Ef. 1:3 ).
É vergonhoso diz, mas é verdade. Alguns líderes preferem que os seus liderados permaneçam na ignorância, porque conhecendo a Palavra, poderiam fazer-lhes oposição. É por esta razão que estão ensinando que o pastor não pode ser questionado. Ensinam uma autoridade sem questionamento. Por isso afirmam: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”! Precisamos rever o concito Neo-testamentário de autoridade espiritual. Este será tema de um próximo assunto nosso.
Em Romanos 16: 18 Paulo diz: “Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples”. Nós os pastores precisamos prestar bastante atenção ao que Pedro diz: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho. E, quando se manifestar o sumo Pastor, recebereis a imarcescível coroa da glória” ( I Pd. 5:2-4). Amém!
Não temos razão nenhuma para deixarmos o Evangelho da simplicidade por outro evangelho. Ele é simples porque Jesus é simples. Quando fazia milagres pedia que a ninguém contassem! Ele não tinha onde reclinar a cabeça! Sobre Ele diz a palavra: “Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o SENHOR, para glória de Deus Pai”. ( Fp. 2 : 6-11).
Concluo citando Gálatas 1: 9 que diz: “Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. ( Amaldiçoado!)
Paulo escrevendo ao jovem Timóteo, nos apresenta um Evangelho que não é anátema. Vejamos com podemos caracterizá-lo:
1 - O evangelho dos pecadores – ( I Tm. 1:15);
2 - O evangelho do bom combate – (I Tm. 1:18);
3 - O Evangelho da graça, amor, fé e boa consciência– I Tm. 1: 5, 14, 19);
5- O Evangelho da esperança – I Tm. 1: 1 - “Cristo em voz a esperança da
glória”.
6 - O Evangelho da glória de Deus – ( I Tm. 1: 11, 17 );
O mestre da simplicidade, Jesus, disse aos seus discípulos: “Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou. Ora, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavaram os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” ( João 13 : 13-15). Que a nossa maior luta, batalha e guerra sejam: Sermos iguais de Cristo e podermos cantar: “Que beleza do Cristo se veja em mim, toda sua admirável pureza e amor, ó Tu chama divina todo meu ser refina até, que a beleza de Cristo se veja em mim”.
CONCLUSÃO: O evangelho da Glória de Deus é para nós o evangelho do serviço: Servir uns aos outros que é serviço a Deus; o serviço da lava pés; o serviço de servir às mesas; o serviço do andar a segunda milha; o serviço das pequenas tarefas; o serviço do deixar ser servido; o serviço do consolar, admoestar, advertir, aconselhar, ensinar, etc.
O Evangelho da Cruz: Cruz fala de renúncia, sofrimento, entrega, dor e sacrifício. Tomar a cruz e seguir a Cristo é o nosso maior desafio. Cruz fala de perdão. Perdoar é a chave que abre as portas do amor, saúde, prosperidade, bons relacionamentos. Sem perdão não há vida em Cristo. O amor de Deus e o nosso amor devem ser imutáveis, se muda quando as circunstâncias mudam, não é amor. O Amor tudo...( I Co. 13).
O Evangelho da Nova Vida. ( Gal. 6 : 15; II Cor. 5;17). Este tem as marcas de Cristo. ( Gal. 6 : 17 ). Deus não nos identifica pelo que fazemos, mas pelas as marcas de Cristo que carregamos.
O Evangelho da unidade (Fp. 1 ; 27; Col.1: 9 ). Jesus disse; “Quem comigo não ajunta espalha; quem não é comigo é contra mim” O evangelho que espalha e divide é do homem e não de Deus. O Evangelho de Cristo iguala a todos, une e os leva a amarem uns aos outros. A se respeitarem mutuamente e a darem honra uns aos outros.
Eu creio que o mundo já estaria evangelizado, se os evangélicos, pregassem o Evangelho de Cristo e não um evangelho que os dividem. Jesus quer que os crentes das igrejas locais e da cidade, vivam unidos em amor; vivam o Evangelho da graça, da verdade, da simplicidade, da cruz e do amor e vivam considerando uns aos outros e dando maior honra uns aos outros.
Bispo Manoel Pedro de Souza
Feira, 25 de outubro de 2008
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Resposta de Alfredo:
Amado Bispo Manoel Pedro
O Artigo: VERDADES BÍBLICAS QUE PRECISAM SER PREGADAS tratam especialmente da
Verdade-como-absoluta verdade que deveria ser anunciada nos púlpitos, nas praças, nas ruas, nas “cumeeiras” das casas, nos presídios, nos hospitais, nos manicômios, nas escolas etc.
--Chega até ser surreais tais colocações. Todavia a dura realidade que estamos presenciando seja exatamente o contrário da proposta do Evangelho.
Por diversas vezes encontro com pessoas , e as suas queixas/reclamações se remetem a uma insatisfação com as instituições evangélicas (igrejas), dia após dia me deparo com muita gente boa de Deus, pessoas dada a Obra e voltadas para o Ministério; cansadas, deprimidas, sem diretrizes, perplexas, machucadas... E algumas delas me confessaram que foram usadas por seus líderes.
Ninguém mais experimentado no meio evangélico para diagnosticar tal adultério do Evangelho do que o senhor Bispo - Posto que nas suas andanças no ministério de pastor tenha visto muitas coisas confusas e bizarras- E eu não duvido!
Ora, são movimentos, modelos, sincretismo, sacramentações de lugares geográficos, indulgências religiosas, barganhas, imposições humanas em lugar da autoridade espiritual..., eles oprimem as ovelhas de Cristo com ameaças tirânicas e lançam a tal "mandinga gospel": "Você não tem a minha bênção para deixar a igreja!"- Acho que surtaram em meio aos seus devaneios possessivos - Está escrito: "Encantamento não afeta o Israel de Deus!"- E nós somos o Israel espiritual de Deus.
Indago,
Onde estão os paladinos das Boas novas?
Os Elias
Os Elizeus
Os Neemias
Os Joões Baptistas
Os Isaías?
Cujos homens nunca se deram por vencidos diante deste SISTEMA ARCAICO E PREDADOR DE ALMAS.
O que vejo é muita "campanha" sem a pregação da Palavra da vida;
O que vejo são muitos astros do cenário gospel;
O que percebo é que a cada dia o homem pleiteia um lugar na cadeira de Legislador do Universo (síndrome de Lúcifer), e que deseja loucamente começar o seu governo-manipulador sobre a vida de seu semelhante....Saibam, e eu confesso: Eu não sou domesticável! (Rsrsrssr.)
O que sofro, também sofrem aqueles que desejam ver o Evangelho apostólico sendo pregado, vivido e possuindo a todos...,
O que sonho são com dias mais abundantes da graça do Deus Vivo alcançando todas as famílias da Terra....
O que não me iludo são com as profetadas neo-pentecostais de que o avivamento espiritual se dará ou virá sobre aqueles que marcham no mesmo compasso com as estratégias fundamentalistas baseada numa anti-teologia e que se define como figura representativa de prosperidade pitoresca, Made in bispo [ (P)edir + cedo] & Cia APOSTÓLICA Ltda.
E mesmo que fossem profecias, onde está tal assertiva bíblica e Neo testamentária de que a Igreja deva ser guiada por profecias?
Mas o slogan dessa gente é : "Vamos conquistar as nações demarcando territórios, e convertendo ao "eu-vangelho" e os demais "evangelhos", as massas que coabitam com tamanha ignorância espiritual". Estes são os doutores e mestres da in-verdade moldada e pintada com o sangue/suor de suas próprias presas dos circulos religiosos!
O que me deixa angustiado são as lideranças míopes de nossas comunidades serem guiadas por um idealismo gospel capitalista, e importado da Europa e dos americanos metanoizados pelo TIO SAM....É o Ocidente cristianizado possuindo os territórios de Cabral!
Enfim, não tenho o antídoto para tal virose que se alastra pela maior parte do corpo de 'Cristo terreno' (que deveria ser de fato a Igreja).
Entretanto continuarei (ainda que nos bastidores) reclamando, exortando, me levantando contra, e orando por discernimento para que no apagar das luzes, um relâmpago vindo do Céu nos devolva o temor e o tremor do Eterno!
Sabe por quê?, porque não quero ser mais um que entra na fila para falar mal das instituições evangélicas. Conquanto tenho a minha consciência em Cristo cujo espírito tenho aprendido, de que mesmo antes ou até mesmo depois da instituição-social-igreja , eu sou do Evangelho e para bem além da “igreja”!!
Sem mais,
Alfredo.....15/12/2009